quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Serra ataca jornal tucano. E agora, a imprensa terá coragem de publicar editorial denunciando ameaça à liberdade de expressão?

Ao ser questionado pela Folha sobre qual deveria ser sua estratégia para os últimos dias da campanha, o candidato José Serra (PSDB), em vez de responder a pergunta,atacaou o jornal diário oficial do PSDB, a Folha. E agora? A Folha terá coragem de escrever editorial denunciando que o tucano José Serra ataca a imprensa? Que é contra a liberdade de expressão?

José Serra não ficou contente ao ver o jornal tucano publicar no domingo uma matéria com dados negativos sobre sua gestão no governo de São Paulo."Promessas mentirosas de Serra na campanha já foram alvo do TCE de São Paulo por superfaturamento"

A Folha perguntou a Serra: "Candidato, nesses últimos dias de campanha, qual deve ser a [sua] estratégia?".

O tucano respondeu: "Certamente não é perder tempo com matéria mentirosa como a que você fez".

José Serra está falando do DataFolha que tentou derrubou Dilma?

José Serra mencionou a existência de "pesquisas compradas", mas não citou nomes de institutos. Em relação às pesquisas "sérias", disse que mesmo em relação a elas tem dúvidas sobre os métodos usados.

"Não significa que seja uma indústria da mentira, não é isso", disse Serra."A minha dúvida é sobre metodologia, sobre conseguir captar uma coisa tão fluida como o ânimo do eleitor, especialmente sob as características do processo eleitoral deste ano."

ELEIÇÕES 2010: Liderança de Tasso Jereissati na disputa ao Senado no Ceará está ameaçada

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O senador Tasso Jereissati (PSDB) está tecnicamente empatado com o deputado federal Eunício Oliveira (PMDB) nas intenções de voto para o Senado no estado do Ceará.

De acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (28) pelo jornal "O Povo", o tucano tem 44% das intenções de voto, contra 41% de Eunício Oliveira e 36% do deputado federal José Pimentel (PT). Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, há um empate técnico entre Tasso e Eunício.

O empate técnico também é constatado entre Eunício e Pimentel, considerando a variação mínima do peemedebista (38%) e a máxima de Pimentel (39%). Na pesquisa anterior, realizada entre os dias 9 e 10 de setembro, Tasso tinha 12 pontos a mais que Eunício, tecnicamente empatado na ocasião com José Pimentel (31%).

O candidato ao senado Alexandre Pereira (PPS) tem 4% dos votos. Marilene Torres (PSOL), Raquel Dias (PSTU) e Tarcísio Leitão (PCB) aparecem com 2% cada. Benedito Oliveira (PCB), Reginaldo (PSTU) e Polô (PV) têm 1%.

A pesquisa mostrou ainda que 79% dos eleitores do estado não sabem o número de seus candidatos ao Senado.

LULA

Esta é a primeira pesquisa feita pelo instituto desde a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda da coligação "Por um Ceará melhor pra todos", do candidato à reeleição Cid Gomes (PSB). O vídeo foi gravado na primeira quinzena de setembro, em Brasília. Sem mencionar Tasso, Lula aparece na televisão pedindo ao eleitor cearense para eleger uma bancada aliada no Senado Federal.

"Eu peço ao povo do Ceará, com o respeito e o carinho que eu tenho pelo povo do Ceará, que não permitam que a Dilma passe no Senado o que eu passei. Senadores com ódio, senadores trabalhando para tudo dar errado", afirmou o presidente na TV.

A pesquisa Datafolha foi feita entre os dias 23 e 24 de setembro e ouviu 985 eleitores de 44 municípios do estado. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número 32025/2010.

Folha

ELEIÇÕES 2010: Pesquisa Ibope aponta Dilma com 50% e Serra com 27%

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Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (29) em Brasília mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 50% das intenções de voto e o candidato do PSDB, José Serra, com 27% na corrida eleitoral pela Presidência da República. Marina Silva (PV) tem 13%, segundo o levantamento, encomendado ao instituto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Brancos ou nulos são 4%. Não souberam ou não responderam, 4%. Os demais candidatos juntos somaram 1% das intenções de voto.

Espontânea
O cenário divulgado pelo Ibope diz respeito à resposta estimulada, quando os entrevistados são confrontados com uma lista de candidatos. Já na pesquisa espontânea, quando os entrevistados respondem sem a ajuda da relação de candidatos, Dilma tem 44%, Serra 21% e Marina, 10%. Votos brancos ou nulos somam 5% e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não disputa a eleição ainda aparece com 1% das intenções de voto.

Cenário reduzido
No cenário reduzido, quando os entrevistados são confrontados com a relação dos três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas, Dilma tem 51%, Serra aparece com 27% e Marina soma 13%. Brancos e nulos são 4% e os que não responderam ou não sabem em quem votar, 5%.

Entre os dias 25 e 27 de setembro, o Ibope entrevistou 3.010 eleitores em 191 municípios e a margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Em junho, quando a CNI divulgou o primeiro levantamento, a candidata do PT apareceu com 38% e Serra somou 32%. Marina tinha 7% das intenções de voto.

domingo, 26 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010: Candidatos que votam em Dilma lideram em 8 dos 9 Estados do Nordeste

A uma semana do primeiro turno das eleições, as pesquisas de intenções de voto apontam que a maioria dos candidatos ao governo dos Estados no Nordeste que lideram as pesquisas declararam voto na candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Eles lideram em oito dos nove Estados da região.

Os números mostram que o cenário eleitoral nordestino sofreu uma mudança significativa entre 2002, ano quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito pelo primeira vez para a Presidência, e o desenhado pelas pesquisas de 2010.

Há oito anos, seis dos nove governadores eleitos da região não votaram em Lula –pelo menos no primeiro turno. Nos quatro primeiros anos, a oposição governava os três maiores Estados –Bahia, com Paulo Souto (então PFL); Ceará, com Lúcio Alcântara (PSDB); e Pernambuco, com Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Em 2006, quando já tinha grande popularidade na região, Lula viu dobrar o número de governadores eleitos no Nordeste –saltou de três para seis. De quebra, tirou os opositores do comando de Bahia, Ceará e Pernambuco com as eleições de Jaques Wagner (PT), Cid Gomes (PSB) e Eduardo Campos (PSB). Ambos tentam a reeleição agora, com grandes chances de vitória já no primeiro turno.

Primeiro turno

Se os resultados das pesquisas forem confirmadas na urnas, apenas o Rio Grande do Norte não elegerá no Nordeste um candidato que vota em Dilma. No caso, uma candidata: Rosalba Carlini (DEMO).

Já na Paraíba, a vitória de um candidato é praticamente certa, já que os dois principais candidatos –José Maranhão (PMDB) e Ricardo Coutinho (PSB)– votam na petista.

Os números das intenções de voto apontam também que há possibilidades de a eleição ser definida no primeiro turno para candidatos pró-Dilma em Sergipe (Marcelo Déda-PT), Pernambuco (Eduardo Campos-PSB), Bahia (Jaques Wagner-PT) e Ceará (Cid Gomes-PSB).

No Maranhão, Roseane Sarney (PMDB) também alimenta esperança de levar no primeiro turno.

Em Alagoas, a disputa é a mais acirrada da região, com Fernando Collor de Mello (PTB), Ronaldo Lessa (PDT) e Teotonio Vilela Filho (PSDB) empatados tecnicamente, com diferença de apenas dois pontos percentuais entre o primeiro e o terceiro colocado.

A disputa também segue indefinida no Piauí, onde Wilson Martins (PSB) lidera, seguido de perto por Sílvio Mendes (PSDB) e João Vicente (PTB). Nos dois Estados, os candidatos do PTB declararam voto para Dilma, embora o partido esteja na coligação de José Serra.

Carlos Madeiro
Especial para o UOL Eleições

sábado, 25 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010: Dilma com maioria no Senado

As pesquisas regionais às vésperas das eleições apontam para uma ampla vitória dos partidos que apoiam Dilma Rousseff. A oposição corre o risco de não eleger uma bancada de senadores suficiente para convocar CPIs, no caso de vitória da petista. Para criar uma CPI, são necessários 27 senadores.

Maioria para mudar a Constituição

As empresas de consultoria política avaliam que, no caso de uma vitória de Dilma Rousseff, ela terá uma bancada na Câmara capaz de aprovar reformas constitucionais (308 votos). Isso sem contar adesões de outros partidos como o PTB, que está na coligação de Serra; o PV, que lançou Marina; e o PP, que apoia Dilma informalmente. Apesar disso, os cientistas políticos não acreditam que essa ampla base tome a iniciativa de promover reformas amplas por falta de unidade política. Mas, se o PT e o PMDB se entenderem, podem ser criadas as condições para aprovar o voto em lista e o financiamento público das campanhas.

"Vamos divulgar a proposta de programa de governo ao final do mandato para vocês conferirem se fizemos o que prometemos" - Marco Aurélio Garcia, coordenador do programa de governo de Dilma Rousseff

Da coluna de Ilimar

Pesquisas: Por mais que 'marretem', Dilma continua sólida com folga

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Um resumo das últimas pesquisas publicadas ontem e hoje, mostra que as variações de cada candidato estão dentro da margem de erro (e estes números estão se mantendo nas últimas semanas, com pequenas variações).

O Datafolha é quem mais "caprichou" nas margens de erro, todas para o "lado certo", que interessa à Serra.

Cientificamente, pesquisa já é uma probabilidade e não uma apuração exata, por isso, pode-se orientar por elas, mas não se pode confiar cegamente, nem mesmo quando é honesta e bem feita.

E mesmo com todas as suspeitas de que há pesquisas que parecem feitas do jeito que andam fazendo "reporcagens" de jornais, todas elas mostram a tendência convergindo para Dilma em torno dos 50%, Serra entre 25 e 30%, e Marina entre 10 e 15%. No pior dos cenários ainda dá vitória de Dilma no primeiro turno.

Os resultados mostram que há oscilações, mas não há movimento brusco do eleitorado que fujam destes números.

Então, com pesquisas, não há muito com que nos preocuparmos. E se preparem para a dança de números, com pesquisas contraditórias e especulativas, nos estados e mesmo na presidencial, nessa reta de chegada. A pesquisa confiável mesmo deverá ser só a da boca de urna.

Mas pesquisa não é eleição, e é preciso não subir no salto alto, nem baixar a guarda. É hora de aumentar a mobilização, conversar e argumentar, com a humildade de que ninguém ganhou nada ainda.

Além disso, independente das pesquisas, a parte mais nobre de uma campanha eleitoral é a dicussão do Brasil e do seu futuro, e isso independe de estar na frente ou atrás nas pesquisas.

No programa de Dilma temos visto uma politização da população com uma forte discussão sobre inclusão social, desenvolvimento nacional, papel do estado, política industrial, pré-sal, empregos, programas educacionais, programas de saúde estruturantes, políticas de segurança pública que cortam o mal pela raiz com as UPP's e que podam o crime organizado que já existe com a Polícia Federal, além dos programas sociais.

Serra e Marina (com a imprensa demo-tucana) prestam um desserviço à cidadania, quando despolitizam o debate, arrastando para uma baixaria artificial, para temas oportunistas eleitoreiros que fogem à uma campanha presidencial.

O governo Lula fez o que pôde para combater a corrupção, dando recursos e autonomia para a Polícia Federal. E melhorou muito. Hoje quem se mete em falcatruas fica encrencado, seja da situação ou da oposição. Não há engavetador geral da república, a sujeira vai para o lixo, não vai mais para debaixo do tapete.

Tanto é verdade que muitas das crises exploradas pela imprensa originaram de operações da Polícia Federal (ou de vazamentos de seus relatórios por advogados), da ação da CGU, ou de informações do Portal da Transparência.

O problema da corrupção no Brasil deixou de ser o poder executivo federal, como era no governo FHC. Hoje, a CGU faz sua parte, a Polícia Federal também, o Procurador Geral é independente e não engavetador, o Portal da Transparência permite o controle social por qualquer cidadão.

O problema da corrupção hoje no Brasil é o judiciário. É onde os corruptos se safam. Basta ter dinheiro e bons advogados que protelam a vida inteira um processo, com recursos e mais recursos, até que ele caduque. Gera impunidade e sensação de que o crime compensa. Diante disso, essa discussão sobre escândalos que envolvem desvios de conduta de maus servidores, está fora de foco da campanha presidencial, quando o que é preciso é uma boa reforma do judiciário. E o difícil é o corporativismo e o lobby da OAB. Marcio Thomaz Bastos, no primeiro governo Lula, iniciou esta reforma. O então presidente do STF, Maurício Corrêa, viveu às turras com o governo Lula por causa disso, acusando de ingerência de um poder em outro. O governo Lula acabou vencendo resistências, avançou alguma coisa (dali saiu o CNJ, por exemplo, e algumas mudanças nos processos), mas há muito que precisa ser feito.

O bom debate que precisamos levar para as ruas e para as conversas é também coisas como o pré-sal. Porque Serra foge do assunto? Quais são seus reais planos? E a Marina? Acha que o pré-sal é um santuário que não pode ser tocado?

Porque a Caixa Econômica Federal financia o "Minha Casa, Minha Vida", e o Serra quando governador não usou seu banco estadual, a "Nossa Caixa", para financiar a casa própria no estado? Em vez disso "privatizou", felizmente salvo pelo Banco do Brasil.

O Serra, se ganhasse, iria renovar a concessão das hidrelétricas da CESP para privatizá-la, como tentou fazer?

E essas promessas sem limites do Serra? É só mentira para tentar ganhar eleição ou vai quebrar de novo o Brasil, para passar os últimos 3 anos de mandato com o pires na mão, pendurado no FMI de novo, com salários e aposentadorias congelados nos outros anos?

Rebater factóides acaba sendo necessário, mas despolitiza, porque irão todos para o arquivo morto da imprensa, assim que passar a eleição, da mesma forma que não se fala mais do sigilo da filha de Serra, e tantos outros escândalos forjados que iriam "abalar a república".

Mas a prosperidade e o patrimônio do povo brasileiro é que é o principal debate. Estará em sério risco, se o Brasil voltar a ser conduzido pelas mãos demo-tucanas de Serra, repetindo o pesadelo que foi o governo FHC.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Desemprego fica em 6,7% em agosto é o menor desde 2002, indica IBGE

A taxa de desemprego ficou em 6,7% em agosto, conforme informações divulgadas nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a menor, considerando todos os meses, desde março de 2002, quando teve início a série histórica do órgão.

No mês anterior, julho, o índice havia ficado em 6,9%. Já em agosto do ano passado, a taxa registrada foi de 8,1%.

O salário médio dos trabalhadores em agosto teve alta de 1,4%, ficando em R$ 1.472,10, em comparação com o mês anterior. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 5,5%.

Em agosto, a população desocupada ficou em 1,6 milhão, o mesmo resultado do mês anterior. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, teve redução de 15,3%, cerca de 289 mil pessoas.

A população ocupada, 22,1 milhões, também ficou estável em relação ao mês anterior, mas cresceu 3,2% (691 mil postos de trabalho) no ano. O número de trabalhadores com carteira assinada, 10,2 milhões, ficou estável de julho para setembro, porém, teve alta de 7,2% (685 mil postos de trabalho) na comparação com o mesmo período do ano passado.

ELEIÇÕES 2010: Dilma tem 49% das intenções de voto e venceria no 1º turno, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (22) mostra a candidata Dilma Rousseff (PT) 21 pontos à frente do concorrente José Serra (PSDB). A 11 dias das eleições, Dilma tem 49% da preferência do eleitorado e venceria no primeiro turno, aponta o levantamento. Serra tem 28% das intenções de voto e Marina Silva (PV), 13%.

Os demais candidatos não atingiram 1% das intenções de voto. Brancos e nulos somaram 3% e, indecisos, 5%

Na simulação de segunto turno, o Datafolha aponta Dilma com 55% dos votos e Serra com 38%. Brancos e nulos seriam 5%, e indecisos, 4%.

O presidente Lula também foi avaliado pelo instituto de pesquisa. O governo do petista recebeu 78% de avaliações entre ótimou ou bom, 17%, regular, e 4%, ruim ou péssimo.

Foram realizadas 12.294 entrevistas em 444 municípios entre segunda-feira (20) e terça-feira (21). A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 31330/2010.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010: Serra promete, mas não sabe nada sobe o Bolsa Família

Ao falar ontem sobre a promessa de criar uma espécie de 13ª parcela do Bolsa Família, o presidenciável tucano, José Serra, demonstrou desconhecimento do principal programa de transferência de renda do país.Numa rápida entrevista em São Paulo, Serra falou dois minutos sobre o Bolsa Família. Nesse intervalo, falou mentira .Primeiro vinculou equivocadamente o valor do salário mínimo aos critérios de inclusão no programa.

"O salário mínimo de R$ 600 [outra promessa do tucano] vai ampliar quantitativamente o número de famílias do Bolsa Família. Porque hoje o critério está relacionado com o salário mínimo. Meio salário mínimo per capita, alguma coisa assim. O salário mínimo sendo mais alto mais famílias entram no Bolsa Família", declarou o tucano,disse Zé da mentira para o jornal tucano, a Folha

José Serra é mentiroso e age de má fé

O salário mínimo (R$ 510), na verdade, é usado para a inclusão das famílias no Cadastro Único. São cadastradas no banco de dados (coordenado pelo governo federal e abastecido pelas prefeituras) as famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 255).

Já o critério para inclusão no Bolsa Família é outro. O "corte" de renda é definido com base em dados do IBGE e na inflação acumulada.Hoje estão aptos para receber o cartão aquelas com renda per capita mensal de até R$ 140. Ou seja, quanto maior o salário mínimo, em tese, será menor o número de famílias atendidas pelo programa, já que avançaria também a renda por pessoa.

Empregados

Na mesma entrevista, outra mentira de Serra veio ao discorrer sobre a necessidade de manter o benefício para famílias com pessoas empregadas.

O tucano disse que definirá um prazo ("será mais de um ano") no qual a família poderá acumular um novo emprego e o cartão do programa. Esse prazo já existe.É de dois anos e foi definido em decreto de 2008.

Atualmente, 12,6 milhões de famílias recebem o Bolsa Família, todas elas antes incluídas no Cadastro Único, este com cerca de 20 milhões de famílias e que serve como banco de dados oficial de pessoas de baixa renda.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010: Possibilidade de 2º turno é cada vez menor

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Ida para 2º turno é mais árdua agora
MAURO PAULINO, diretor-geral do Datafolha
Comparações de pesquisas de 2006 e 2010 revelam que o caminho da oposição é hoje mais difícil de percorrer

COM FREQUÊNCIA a eleição de 2006 é tomada como parâmetro para projetar o desfecho da disputa presidencial deste ano. Além de percentuais de intenções de voto coincidentes e escândalos surgidos nos mesmos períodos e com intensidade semelhante -características comuns já extensamente citadas- comparações minuciosas de resultados de pesquisas revelam diferenças fundamentais no comportamento dos eleitores entre esta e aquela eleição.

Como mostrou a coluna de Mônica Bergamo de ontem, Lula permaneceu estável nas três pesquisas feitas após as primeiras denúncias sobre os “aloprados”. Os fatos que realmente decidiram a ida para o segundo turno foram a divulgação em larga escala da foto de dinheiro vivo apreendido com petistas para, supostamente comprar um dossiê e, principalmente, a desistência de Lula de ir ao último debate, horas antes de sua realização.

Entre os que assistiram ao debate promovido pela Rede Globo, a maioria votava em Alckmin ou Heloísa Helena na véspera do primeiro turno. Foi um erro de cálculo da campanha petista.
Muito já se disse também sobre as trajetórias opostas entre a curva ascendente de Alckmin em 2006 e a descendente de Serra atualmente.

Também a aprovação recorde atribuída ao governo Lula, 30 pontos acima da obtida no mesmo momento em 2006, é citada com frequência. Além destas, há outras disparidades importantes entre as duas eleições.

A vantagem de Lula sobre a soma das intenções de voto de Alckmin e Heloísa Helena era de dez pontos logo após o surgimento dos “aloprados”, muito próxima dos 12 pontos que Dilma obteve na última pesquisa. Mas nos segmentos de maior renda e escolaridade, reduto tradicional dos candidatos tucanos, os contrastes são mais visíveis.

Enquanto Lula apresentava uma desvantagem de 16 pontos entre os com renda familiar entre cinco e dez salários, duas semanas antes da eleição, hoje a vantagem é de Dilma nesse segmento, três pontos acima dos demais candidatos. Entre os de maior renda, Lula perdia por 29 pontos em 2006. Hoje, a desvantagem de Dilma nesse segmento representa cerca de metade disso. O mesmo ocorre também entre os mais escolarizados. Foram nesses segmentos que Lula mais perdeu votos na reta final daquele ano.

Levar a eleição para o segundo turno significa que a oposição terá que roubar proporcionalmente o dobro de votos entre esses eleitores do que em 2006.

O maior contraste está no Sul. Em 2006, a oposição obtinha nesse mesmo período 15 pontos de vantagem, reduzida agora a um empate nessa região.

No Estado de São Paulo a vantagem de 14 pontos obtida pela oposição em 2006 caiu agora para 6. No Rio, a vantagem de 3 pontos de Lula foi ampliada por Dilma para 11. E em Minas, a vantagem dos petistas subiu de 12 para 17 pontos.

Essas comparações entre pesquisas similares, feitas após denúncias de corrupção na reta final de ambas as eleições, mostram que o caminho da oposição para chegar ao segundo turno é bem mais espinhoso do que já foi em 2006.

(Folha de São Paulo)

ELEIÇÕES 2010: Dilma lidera em 26 estados

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Mais um levantamento feito com exclusividade pelo blog Cariri em Destaque, mostram as pesquisas mais recentes do Instituto Ibope realizadas nos 26 estados mais o Distrito Federal. O levantamento mostra que Dilma do PT lidera em 25 estados e no DF, já o candidato do PSDB, José Serra, lidera no Acre, porém está tecnicamente empatado com Dilma. Já Marina Silva do PV tem seu melhor desempenho no DF, onde está empatada com José Serra.
Confira abaixo as últimas pesquisas na disputa pela presidência em todos os estados brasileiros, a ordem dos estados é de acordo com o número de eleitores:


São Paulo – 30.301.398
Dilma: 40%
Serra: 32%

Minas Gerais – 14.522.090
Dilma: 52%
Serra: 23%

Rio de Janeiro – 11.589.763
Dilma: 53%
Serra: 18%

Bahia - 9.550.898
Dilma: 67%
Serra: 14%

Rio Grande do Sul – 8.112.236
Dilma: 44%
Serra: 37%

Paraná – 7.601.553
Dilma: 47%
Serra: 34%

Pernambuco – 6.259.850
Dilma: 73%
Serra: 16%

Ceará – 5.881.584
Dilma: 73%
Serra: 14%

Pará – 4.768.457
Dilma: 51%
Serra: 27%

Santa Catarina – 4.538.981
Dilma: 42%
Serra: 37%

Maranhão – 4.324.696
Dilma: 75%
Serra: 12%

Goiás - 4.061.371
Dilma: 53%
Serra: 27%

Paraíba – 2.740.079
Dilma: 63%
Serra: 20%

Espírito Santo – 2.523.185
Dilma: 47%
Serra: 25%

Piauí – 2.263.834
Dilma: 73%
Serra: 15%

Rio Grande do Norte – 2.246.691
Dilma: 58%
Serra: 24%

Mato Grosso – 2.095.825
Dilma: 52%
Serra: 30%

Alagoas – 2.034.326
Dilma: 61%
Serra: 24%

Amazonas – 2.030.549
Dilma: 77%
Serra: 10%

Distrito Federal – 1.836.280
Dilma: 45%
Serra: 20%
Marina: 20%

Mato Grosso do Sul – 1.702.511
Dilma: 50%
Serra: 36%

Sergipe – 1.425.973
Dilma: 55%
Serra: 24%

Rondônia – 1.079.327
Dilma: 50%
Serra: 30%

Tocantins – 948.920
Dilma: 62%
Serra: 19%

Acre – 470.975
Serra: 34%
Dilma: 32%

Amapá – 420.799
Dilma: 58%
Serra: 20%

Roraima – 271.890
Dilma: 51%
Serra: 32%

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010: Os fatos da razão e a razão dos fatos

Tentou-se associar a candidatura Dilma à quebra de sigilo fiscal, à instabilidade institucional e buscou-se transformar seu passado de defensora da liberdade nos idos do regime militar, que a engrandece, em atividade terrorista, o que nunca existiu. Não deu certo. As pesquisas divulgadas nos últimos dias demonstram que o eleitor não caiu na armadilha que tentou induzí-lo a confundir fatos com versões dos fatos. Dilma disparou nas pesquisas. A ex-ministra Erenice surge então como alvo da vez e sua vida é escrutinada de alto à baixa com o único propósito de desqualificá-la e , com isso, atingir a candidatura Dilma. Também, não deu certo.
Fernando Borges/Terra
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Numa situação de crise, qualquer que seja, três questões principais se impõem: o que podemos conhecer? O que devemos fazer? O que nos é permitido esperar quanto ao desdobramento dos cenários? No caso da repercussão na mídia das denúncias da revista Veja envolvendo a agora ex-ministra chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, e de seu filho, Israel, em suposto tráfico de influência, as respostas às questões em foco podem iluminar as sombras que pareciam se adensam no momento em que as eleições presidenciais chegam à reta final.

Contudo, antes de responde-las, é oportuno fazer um duplo registro: o governo agiu com presteza e determinação, evitando que a crise se transformasse numa crise de alcance eleitoral, neutralizando as tentativas da oposição de politizá-la. A ex-ministra, por sua vez, não lidou corretamente, em termos técnicos, com o problema. Em parte, porque recorreu mais à retórica, nas suas notas oficiais, do que a substancialidade dos fatos; em parte, porque não enfrentou a imprensa no olho no olho. Notas são para apoiar a comunicação objetiva, com o envolvido no processo, ocupando a linha de frente, sobretudo em casos de grande repercussão. Dai a queda da ex-ministra, ser previsível desde o primeiro momento. Faltou antecipação, faltou visão do que é uma crise de comunicação naquelas circunstâncias. O governo e a candidata Dilma Rousseff, vale repetir, tiveram atitudes corretas do ponto de vista da gestão do problema. E, melhor, agiram.

Agora vamos às questões comuns às crises com foco no case Erenice. O que podemos saber? Primeiro, é preciso desvendar as razões das denúncias chegarem a público justamente agora, quando as pesquisas mostram o candidato José Serra em queda livre e a candidata Dilma Rousseff se encontra em franca ascensão. Como a ex-ministra Erenice foi o braço direito de Dilma Rousseff na Casa Civil, é óbvio que o alvo não era Erenice, mas a candidata à presidência. E o noticiário está ai para mostrar.

Com essa simples constatação, pode-se questionar porque, de repente, a grande imprensa de São Paulo e do Rio de Janeiro foi tomada de autêntico furor ético, transmitindo a sensação de que o atual governo é a encarnação do mal na gestão dos recursos públicos. Examinemos mais de perto o problema.

Tentou-se associar a candidatura Dilma à quebra de sigilo fiscal, à instabilidade institucional e buscou-se transformar seu passado de defensora da liberdade nos idos do regime militar, que a engrandece, em atividade terrorista, o que nunca existiu. Não deu certo. As pesquisas divulgadas nos últimos dias demonstram que o eleitor não caiu na armadilha que tentou induzí-lo a confundir fatos com versões dos fatos. Dilma disparou nas pesquisas. A ex-ministra Erenice surge então como alvo da vez e sua vida é escrutinada de alto à baixa com o único propósito de desqualificá-la e , com isso, atingir a candidatura Dilma. Também, não deu certo.

O que devemos fazer? Examinar os fatos e apenas os fatos, sem dissociá-los do contexto político-eleitoral. E, mais do que isso, entender que uma coisa é o desvio de conduta de uma autoridade ou de um familiar desta - que precisa ser investigado pelas autoridades , no caso da ex- Ministra -, outra é um projeto político. Há, é evidente, dois projetos antagônicos em jogo nessa eleição: de um lado, o projeto da candidatura Dilma, que inclui a participação popular e a soberania popular, orientando-se para a construção de uma sociedade moderna, plural, de outro, um projeto elitista, cujo rosto volta-se para o passado desde o começo. Examinado os fatos, pode-se facilmente concluir que as denúncias envolvem uma troca simbólica.

No passado, os conservadores esgrimiam a bandeira do anticomunismo, trincheira de onde iludiram parte da sociedade por meio século; agora, a bandeira é o combate à corrupção. A UDN recorreu à essa retórica por décadas, mas não passava de cortina de fumaça para chegar ao poder. Separar o que é fato, o que é manipulação política, em nada isenta a apuração do que realmente ocorreu ou vem acorrendo. O que seria um equívoco é confundir a razão dos fatos com os fatos da razão. A razão dos fatos é o jogo político, os fatos da razão é a apuração objetiva dos fatos reais, quer dizer, concretos.

O que nos é permitido esperar quanto ao desdobramento dos cenários? Os conservadores que se alinham em torno da candidatura José Serra, trabalham desesperadamente para chegar ao segundo turno. A mídia, em grande parte, (refiro-me especificamente à chamada grande imprensa) busca ocupar um lugar central como formadora da opinião do eleitor. Quer ser uma espécie de Farol de Alexandria dos tempos modernos. Age com tenacidade. Age com determinação. Criar narrativas e, com elas, transmite a mensagem de que os bons vão defender a sociedade contra os maus. A julgar pelas pesquisas, o cidadão brasileiro tornou-se refratário a esse tipo de jogo. A mídia tradicional, vale lembrar, não tem mais o monopólio da informação. As mídias sociais são hoje portadores de uma visão crítica e a vem intervindo com substância no debate político.

O cenário mais provável é que o eleitor não se iluda e se movimente na direção do real, não do rosto enganoso das aparências. A sociedade mudou. O eleitor torna-se a cada dia mais informado, mais consciente do que é a ética vivenciada com a verdade e a ética normativa do que se deve fazer, mas nunca se faz. Claro, a situação da ministra não deve ser subestimada e o governo deve agir com rapidez e transparência para prestar contas à nação. Essa é uma prática indispensável aos ritos democráticos, a todo instante. Não um recurso de circunstância. Pois o que está sempre em jogo é a legitimidade pública para o exercício do poder.

Mas há ainda uma quarta questão recorrente nas situações de crise. Quais as lições a serem assimiladas? A primeira, e mais essencial, é que o governante, o político, precisa ter conduta inatacável, pois o exercício da ética não é normativo, mas um confronto com o real. Nenhum ocupante do alto escalão de governo, seja qual for o governo, pode ter um familiar lobista. E se isto acontecer, o fato deve ser tornando público e deixado claro que a autoridade não tem qualquer vínculo com o familiar nos seus negócios. A segunda é que se tornou imperativo distinguir o que é uma ética verdadeiramente democrática e a ética retórica que joga de lado os projetos de efetiva dimensão social. O eleitor deve tomar cuidado para não se deixar iludir pela ética retórica.

Por fim, fica evidente mais uma vez o fato de que o conservadorismo político no Brasil é como uma cera rígida, extremamente apegada às sobras do passado e, por isso, indelevelmente resistente às luzes da modernização social. Sempre estão a vislumbrar uma luz ao longe para superar as complexidades da vida, mas quando podem iluminar a verdade que apregoam, alegam que as complexidades são muitas. E a luz misteriosamente se volatiliza. Por isso, não vêm a dimensão dos fatos, apenas o éter dos factóides, que o brasileiro aprendeu a rejeitar.

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma tem 53% e Serra, 23%

A menos de duas semanas das eleições, a candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT), abriu 30 pontos de diferença em relação a José Serra (PSDB) no tracking Vox Populi/Band/iG. A ex-ministra da Casa Civil segue com 53% das intenções de voto, de acordo com o levantamento divulgado nesta segunda-feira. Já o tucano soma 23%, um ponto a menos que na medição anterior.

Marina Silva, do PV, segue com 9%. O quadro garantiria a eleição da petista logo no primeiro turno.
A diferença entre os dois principais candidatos já foi maior. No dia 6 de setembro, por exemplo, o tracking apontou distância de 35 pontos entre Dilma e Serra. Na última semana, no entanto, após a divulgação de notícias de suspeitas envolvendo o governo federal e a campanha petista, a diferença chegou a 27 pontos. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.

O número de eleitores que ainda se dizem indecisos ou não responderam em quem pretendem votar é de 10%. Brancos e nulos seguem com 4%. Outros candidatos, juntos, somam 1% das intenções de voto.

Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, Dilma é também a candidata mais lembrada: 45%, contra 19% de José Serra e 7% de Marina. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ainda lembrado por 2% dos eleitores.

A cada dia, o Instituto Vox Populi realiza 500 novas entrevistas presenciais em todas as regiões do País, numa amostra consolidada com 2.000 pessoas. O levantamento foi registrado junto ao TSE sob o nº 27.428/10.

ELEIÇÕES 2010: Dilma é destaque na imprensa internacional

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A imprensa internacional vem destacando nas últimas semanas as pesquisas que apontam vitória da candidata Dilma Rousseff, os avanços do governo Lula, o crescimento econômico do Brasil.

No domingo, um dos principais jornais da Argentina, Clarín, informou que os recentes ataques dos adversários, usando as denúncias feitas contra a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, não estão repercutindo na campanha da Dilma. Segundo o jornal, os sucessivos ataques feitos pela oposição estão cansando o eleitor que “não parece prestar mais ouvidos a essas queixas”.

A agência Associated Press publicou no final de semana matérias que revelam o porquê do bom desempenho da Dilma. No artigo, a AP destaca os resultados positivos do governo Lula. “20,5 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza e 29 milhões saíram da classe média”, diz a reportagem. Leia mais aqui.

Na reportagem da AP, a manicure Vanessa Silva declara voto a Dilma: “Eu não entendo muito sobre política, mas sei que o governo finalmente trouxe mudanças aqui. Pela primeira vez me sinto mais segura na vida”.

Na edição de hoje, o jornal espanhol El País diz que o candidato do PSDB, José Serra, conduziu uma campanha eleitoral "suave" e "totalmente errada" e que ele corre o risco de sofrer uma "derrota humilhante" nas urnas. No texto "A surpreendente queda de José Serra", a enviada especial do El País a São Paulo, Soledad Gallego-Díaz, escreve que competir com a herdeira política do presidente Lula, Dilma Rousseff, sempre foi uma "tarefa difícil", mas que Serra complicou sua situação por cometer muitos erros e passou de "grande favorito a futuro grande perdedor".

Denúncias vazias

Outros artigos com o mesmo tom saíram na agência francesa de notícias, AFP com o título "Lula contra-ataca reportagens contra sua escolhida". O jornal argentino La Nación publicou "Lula acusa mídia de apoiar Serra". Até o jornal oficial da estatal chinesa, "China Daily" citou analistas para os quais "já não é difícil prever" o resultado das eleições e fez um perfil de Dilma, começando pela ascendência búlgara.

Algumas semanas atrás, o jornal econômico britânico Financial Times classificou como “retumbante” a possibilidade de vitória da candidata do PT. Segundo a publicação, o Brasil tem uma das imprensas menos censuradas no mundo, ainda que a oposição insista muito neste tema.

O correspondente do jornal, Jonathan Wheatley, escreveu artigo em que critica o candidato do PSDB. “A campanha está confusa. Parece que ele [Serra] está concorrendo com um único tema: suas conquistas como ministro da Saúde há uma década e seus investimentos como prefeito e governador de São Paulo. Ele usa tempo valioso para acusar Evo Morales de traficar cocaína para o Brasil, o PT de ter ligações com as Farc na Colômbia e o governo de censurar a imprensa — com certeza uma das menos censuradas do mundo”, escreveu o jornalista.

ELEIÇÕES 2010: O jornalismo tendencioso da Folha de São Paulo

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A candidata Dilma Rousseff protestou contra a postura “parcial” adotada pelo jornal Folha de S. Paulo numa matéria publicada na edição de hoje. A publicação deixou de informar que Dilma teve todas as suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), quando foi secretária do governo estadual.

Ela falou sobre o tema durante uma visita ao bairro Alcântara, em São Gonçalo (RJ). Dilma tomou café na Lanchonete Dom Nato com o governador Sérgio Cabral e alguns candidatos ao Senado e à Câmara dos Deputados.

O jornal tenta estabelecer uma relação entre a empresa Meta Instituto de Pesquisa e Dilma, porém não apresenta qualquer prova e não informa que as contas foram todas aprovadas. A Folha ainda usa pareceres do TCE sem citar qual foi a decisão final do tribunal, que foi pela aprovação total das contas geridas pela petista.

“Eu quero fazer um protesto veemente contra a parcialidade do jornal Folha de S. Paulo", afirmou. "Todas as minhas contas foram aprovadas. Todas. Esta informação não está na matéria. Chega ao ponto de me acusar de eu ter feito um contrato em 94 e depois a empresa ter feito um contrato em 2009. É a única acusação de futuro que já vi na vida."

Dilma contou que a contratação da Meta foi por tomada de preços e leu um trecho do parecer do Ministério Público no processo que foi analisado pelo TCE, demonstrando que ela não podia ser responsabilizada pela falta de funcionários na Secretaria de Energia do estado.

“Em algum momento da matéria ficou claro para vocês que eu tive as contas aprovadas? Não. Esta informação, extremamente relevante, foi ocultada. A matéria é parcial e de má fé", disse Dilma.

A candidata lamentou que o jornal tenha agido de má fé ao abordar o tema. “Me acusar porque em 2009 a Secom [Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República] contratou a Meta é de fato um absurdo. É prova absoluta de má fé.”

Segue abaixo a transcrição na íntegra da fala de Dilma:

Eu quero fazer um protesto veemente contra a parcialidade do jornal Folha de S. Paulo. Eu fui julgada em todos os anos, vou dizer precisamente quais anos, pelo TCE: 93, 94, 95, 2000, 2001, 2002. Todas as minhas contas foram aprovadas. Todas. Esta informação não está na matéria. Chega ao ponto de me acusar de eu ter feito um contrato em 94 e depois a empresa ter feito um contrato em 2009. É a única acusação de futuro que já vi na vida. Ou seja, a minha responsabilidade é porque 10 anos depois fizeram um contrato com a empresa. Que história é essa?

Em algum momento da matéria ficou claro para vocês que eu tive as contas aprovadas? Não. Esta informação, extremamente relevante, foi ocultada. A matéria é parcial e de má fé. Além disso, eu cheguei na Secretaria de Energia do Rio Grande do Sul e tinha dois funcionários concursados. Não se faz uma secretaria com dois funcionários concursados.

O parecer do Ministério Público [diz]: ´considerando que a situação em tela se trata de deficiência de ordem estrutural, que perdura de longa data, e as procedentes manifestações da senhora Dilma Vana Rousseff, somos da opinião que a mesma não pode ser responsabilizada´.

O voto do pleno do tribunal é pela aprovação das minhas contas.

Eu gostaria de saber onde está isso escrito nessa matéria? Onde essa matéria parcial, enviesada, colocou que as minhas contas foram aprovadas? Todas [as contas foram aprovadas]. Eu nunca tive uma conta rejeitada.

Me acusar? Sabe o que era a pesquisa da Meta [empresa de consultoria]? Sobre emprego e desemprego. Porque na época [a fundação] Seade/Dieese de São Paulo tinha feito uma apuração de emprego e desemprego. Contratamos por tomada de preço a empresa Meta.

Me acusar porque em 2009 a Secom [Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República] contratou a Meta é de fato um absurdo. É prova absoluta de má fé. Pergunto outra vez: onde está na matéria que minhas contas foram aprovadas? Em que parte da matéria está isso?

No meu blog eu vou colocar todas as manifestações do tribunal para evitar essa distorção escandalosa cometida contra mim pelo jornal Folha de S. Paulo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

José Serra visita Juazeiro do Norte nesta quarta-feira

Enquanto Dilma Roussef, candidata do PT à Presidência da República, não vem mais ao Ceará em campanha, como informou o governador Cid Gomes (PSB), o postulante do PSDB, o ex-governador de São Paulo, José Serra, cumprirá agenda no Estado, nesta quarta-feira.

Segundo a assessoria de sua campanha, Serra participará, ao lado do candidato a governador pelo PSDB/DEM, Marcos Cals, e do senador tucano Tasso Jereissati, que postula reeleição, do encerramento da festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira de Juazeiro do Norte (Região do Cariri).

Serra estará no fim da tarde em Juazeiro do Norte e não deverá mais cumprir agenda em Crateús, que constava em sua programação. Questão de tempo, segundo assessores de um postulante que está em segundo nas pesquisas, mas ameaçado de ter a sua adversária vencendo a disputa logo no primeiro turno.

O tucano resolveu priorizar mais o Nordeste, onde sua principal adversária, a petista Dilma Rousseff, reina à vontade na preferência do eleitorado. Juazeiro do Norte é comandada pelo prefeito Manuel Santana (PT) que, no entanto, não faz gestão aprovada pela maioria da população. Dúvida: será que o tucano fará alguma promessa à santa?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

CNT/Sensus: avaliação positiva do governo Lula atinge novo recorde e chega a 78,4%

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A avaliação do governo federal alcançou um novo recorde de popularidade em setembro deste ano, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi avaliado de forma positiva por 78,4% da população, contra 77,5% em agosto. É o maior índice desde o início do governo petista, em 2003. Outros 15,9% avaliaram o governo como regular, enquanto 3,9% o classificaram como negativo. A avaliação pessoal do presidente Lula se manteve estável em relação ao final de agosto. Entre os 2.000 entrevistados, 81,4% aprovam o desempenho pessoal do presidente, enquanto 12,2% desaprovam. Outros 6,5% não responderam. Em agosto, o índice de desempenho pessoal de Lula foi de 80,5% e 14,4% de desaprovação. Outros 5,2% não responderam. (Folha)

ELEIÇÕES 2010: Dono do Ibope diz que Dilma 'quase' nocauteou Serra no debate

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Até Carlos Augusto Montenegro, dono do Ibope, jogou a toalha, criticou o golpismo do PIG (imprensa), disse que a elite só aceita a democracia se for para eles vencerem, e que Dilma 'quase' nocauteou o Zé Baixaria no debate da Rede TV!/Folha de S.Paulo.

Pode ser tudo mera esperteza para tentar "reabilitar" um pouco a combalida imagem de sua empresa, diante do inevitável. Mas que reflete a verdade, disto não resta dúvidas.

Seguem as declarações:

“Foi um debate muito tenso, mas acho que a Dilma Rousseff se saiu muito bem. Melhor do que os outros.

Primeiro, porque todos preferem formular perguntas a ela, e acaba que a candidata do governo tem muito mais exposição que os outros. O debate vira uma grande entrevista da Dilma.

Depois, porque ela soube lidar com as características de cada um dos adversários: brincou com as brincadeiras do Plínio de Arruda Sampaio; foi simpática com a Marina Silva, que é mulher como ela e participou do mesmo governo; e, sobretudo, encarou o José Serra com altivez.

No caso do Serra, a Dilma deu-lhe uma pancada que o deixou até meio desconcertado. Foi na hora em que ele falou do Irã, e ela respondeu que os EUA se deram mal em tratar os árabes com soberba. Ela conseguiu fazer a ligação entre a soberba americana e a soberba do Serra. Acho que ali ele quase foi a nocaute.

Por fim, essa história de quebra de sigilos, denúncias contra a sucessora dela no ministério, ataques sistemáticos… Isso tudo está tornando a Dilma uma vítima das elites. Ela está até ficando mais humana, mais simpática.

Eu mesmo, que não morria de amores por ela, estou começando a gostar. Ela está se mostrando mais preparada do que eu esperava.

E estou começando a sentir pena do cerco que a mídia está fazendo. Parece que esse negócio de democracia só é aceito por determinados setores quando eles estão vencendo…"

(De Tales Faria, do Poder Online)

ELEIÇÕES 2010: Dilma sobe e Serra cai na nova pesquisa Sensus

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Pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (14) mostra vitória da candidata Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno na disputa pela Presidência da República.

Dilma Rousseff mantém a liderança na pesquisa Sensus divulgada nesta terça-feira, 14, pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) com 50,5% das intenções de voto. José Serra, do PSDB, aparece em segundo lugar, com 26,4% das indicações, e Marina Silva em terceiro com 8,9%.

Serra caiu em relação à última edição da pesquisa, divulgada no dia 24 de agosto. Na ocasião, Serra tinha recebido 28,1% dos votos, enquanto Dilma, 46%. Dilma cresceu quatro pontos percentuais, enquanto Serra recuou dois pontos.

Na pesquisa espontânea, em que a lista de candidatos não é apresentada aos eleitores, Dilma também aparece em primeiro lugar com 44,3% das intenções de votos. Ela é seguida por Serra, com 23%, e Marina Silva, com 7,1. Os demais candidatos também não somaram 1% dos votos.

Os outros seis presidenciáveis não chegaram a alcançar um ponto percentual cada. Não souberam responder somam 9,1%, enquanto votos brancos e nulos ficaram em 3,5%.

Dos pontos válidos (excluídos brancos e nulos e redistribuído os indecisos proporcionalmente entre os candidatos), Dilma soma 57,8% dos votos, contra 42,2% dos demais candidatos somados. Essa conta aponta vitória de Dilma no primeiro turno.

A vantagem de Dilma sobre Serra, que era de 17,9 pontos percentuais na última pesquisa, divulgada em 24 de agosto e passou a 41,1 pontos neste último levantamento. A margem de erro é de 2,2% para mais ou para menos.

Segundo Turno

Na simulação de segundo turno entre Dilma e Serra, Dilma ganharia o pleito com 55,5% dos votos, contra 32,9% do tucano. Não souberam responder: 5,7%. Brancos e nulos: 5,9%. Na pesquisa divulgada em 24 de agosto, os índices eram similares: Dilma venceria o pleito com 52,9% e Serra ficaria com 34%.

A pesquisa Sensus também levantou o percentual de eleitores que acreditam na vitória dos seus candidatos. Dos entrevistados, 71,8% afirmaram que Dilma Rousseff vencerá as eleições. O número é bem maior dos que indicam voto nela, 50,5%. Em contrapartida, José Serra, que foi apontado como candidato por 26,4% dos entrevistados, foi indicado como vitorioso dessas eleições por apenas 16,1%.

Marina Silva foi apontada como provável eleita por 1,8%. Os demais candidatos não receberam nem 1% cada. 9,1% não souberam responder.

Horário Eleitoral

O levantamento CNT/Sensus quis saber quantos eleitores estão assistindo os programas eleitorais, sendo que 62,3% dos entrevistados responderam que assistiu pelo menos em parte. No final de agosto, 42,9% tinham visto as propagandas eleitorais.

Dentre os eleitores que tomaram conhecimento dos programas, 60,3% consideram o programa de Dilma Rousseff o melhor entre os candidatos. 29,5% avaliaram sendo o programa de Serra como o melhor, enquanto 9,1% votaram na propaganda de Marina Silva.

No final de agosto, dentre os que tinham assistido ao horário eleitoral gratuito, 56% tinham gostado mais do programa de Dilma e 34,3% de Serra, e 7,5% de Marina.

Rejeição

Segundo o presidente da CNT, Clésio Andrade, os ataques proferidos por Serra contra a campanha petista no programa eleitoral de TV e rádio fizeram aumentar a rejeição á José Serra para 41,3%. Em 24 de agosto, a rejeição de Serra era de 40,7%.

A rejeição de Dilma ficou em 29,4% dos entrevistados e de Marina, em 45%. Em agosto, a petista tinha 28,9% e a candidata do PV, 47,9%. A rejeição superior a 40%, segundo o Instituto Sensus, já inviabiliza a eleição do candidato. No caso de Marina, a alta rejeição é explicada pelo diretor do instituto, Ricardo Guedes, pelo conteúdo das propostas da candidata: “É a falta de consistência política nas propostas dela.”

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

REPORTAGEM ESPECIAL: Empresa de Verônica Serra quebrou 60 milhões de sigilos bancários

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EM 30 DE JANEIRO de 2001, o peemedebista Michel Temer, então presidente da Câmara dos Deputados, enviou um oficio ao Banco Central,comandado à época pelo economista Arminho Fraga. Queria explicações sobre um caso escabroso. Naquele mesmo ano, por cerca de 20 dias, os dados de quase 60 milhões de correntistas brasileiros haviam ficado expostos à visitação pública na internet, no que é, provavelmente, uma das maiores quebras de sigilo bancário da história do Pais. O site responsável pelo crime, filial brasileira de uma empresa argentina, se chamava Decidir.com e, curiosamente, tinha registro em Miami, nos Estados Unidos, em nome de seis sócios. Dois deles eram empresárias brasileiras: Verônica Allende Serra e Veronica Dantas Rodenburg.

A Decidir.com teve acesso às informações cadastrais mesmo sem ser empresa de recuperação de créditos

Ironia do destino, a advogada Verônica Serra, 41 anos, é hoje a principal estrela da campanha política do pai, José Serra,candidato do PSDB à Presidência, justamente por ser vitima de uma ainda mal explicada quebra desigilo fiscal cometida por funcionários da Receita Federal. A violação dos dados de Verônica tem sido extensamente explorada na campanha eleitoral. Serra acusou diretamente Dilma Rousseff de responsabilidade pelo crime, embora tenha abrandado o discurso nos últimos dias.

Naquele começo de 2001, ainda durante o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, Temer não haveria de receber uma resposta de Fraga. Esta, se enviada algum dia, nunca foi registrada no protocolo da presidência da Casa. O deputado deixou o cargo menos de um mês depois de enviar o oficio ao Banco Central e foi sucedido pelo tucano Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, hoje candidato ao Senado. Passados nove anos o hoje candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff garante que nunca mais teve qualquer informação sobre o assunto, nem do Banco Central, nem de autoridade federal alguma. Nem ele, nem ninguém. Graças à leniência do governo FHC e da então boa vontade da mídia, que não enxergou, como agora, nenhum indicio de um grave atentado contra os direitos dos cidadãos, a história ficou reduzida a um escândalo de emissão de cheques sem fundos por parte de deputados federais.

Temer decidiu chamar o Banco Central as falas no mesmo dia em que uma matéria da Folha de S.Paulo informava que, graças ao passe livre do Decidir.com, era possível a qualquer um acessar não só os dados bancários de todos os brasileiros com conta corrente ativa, mas também o Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos (CCF), a chamada "lista negra" do BC. Com base nessa facilidade, o jornal paulistano acessou os dados bancários de 692 autoridades brasileiras e se concentrou na existência de 18 deputados enrolados com cheques sem fundos, posteriormente constrangidos pela exposição pública de suas mazelas financeiras,

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Nem o Banco Central nem a Policia Federal investigaram o vazamento. E a midia? Indignação zero!

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Entre esses parlamentares despontava o deputado Severino Cavalcanti, então do PPB (atual PP) de Pernambuco, que acabaria por se tornar presidente da Câmara dos Deputados, em 2005, com o apoio da oposição comandada pelo PSDB e pelo ex-PFL (atual DEM). Os congressistas expostos pela reportagem pertenciam a partidos diversos: um do PL, um do PPB, dois do PT, três do PFL, cinco do PSDB e seis do PMDB. Desses, apenas três permanecem com mandato na Câmara, Paulo Rocha (PT-PA), Gervásio Silva (DEM-SC) e Aníbal Gomes (PMDB-CE). Por conta da campanha eleitoral, a Carta Capital conseguiu contato com apenas um deles, Paulo Rocha. Via assessoria de imprensa, ele informou apenas não se lembrar de ter entrado ou não com alguma ação judicial contra a Decidir.com por causa da quebra de sigilo bancário.

Na época do ocorrido, a reportagem da Folha ignorou a presença societária na Decidir.com tanto de Veronica Serra, filha do candidato tucano, como de Veronica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity. Veronica Dantas e o irmão Dantas foram indiciados, em 2008, pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal, por crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, formação de quadrilha, gestão fraudulenta de instituição financeira e empréstimo vedado. Veronica também é investigada por participação no suborno a um delegado federal que resultou na condenação do irmão a dez anos de cadeia.E também por irregularidades cometidas pelo Opportunity Fund: nos anos 90, a revelia das leis brasileiras, o fundo operava dinheiro de nacionais no exterior por meio de uma facilidade criada pelo BC chamada Anexo IV e dirigida apenas a estrangeiros.

A forma como a empresa das duas Verônicas conseguiu acesso aos dados de milhões de correntistas brasileiros, feita a partir de um convênio com o Banco do Brasil, sob a presidência do tucano Paolo Zaghen, é fruto de uma negociação nebulosa. A Decidir.com não existe mais no Brasil desde março de 2002, quando foi tornada inativa em Miami, e a dupla tem se recusado, sistematicamente, a sequer admitir que fossem sócias,apesar das evidências documentais a respeito. À época, uma funcionária do site, Cintia Yamamoto, disse ao jornal que a Decidir.com dedicava-se a orientar o comércio sobre a inadimplência de pessoas físicas e jurídicas, nos moldes da Serasa, empresa criada por bancos,em 1968.Uma "falha" no sistema teria deixado os dados abertos ao público. Para acessá-los, bastava digitar o nome completo dos correntistas.

A informação dada por Yamamoto não era, porém, verdadeira. O site da Decidir.com, da forma como foi criado em Miami, tinha o seguinte aviso para potenciais clientes interessados em participar de negócios no Brasil: "Encontre em nossa base delicitações a oportunidade certa para se tornar um fornecedor do Estado". Era, por assim dizer, um balcão facilitador montado nos Estados Unidos que tinha como sócias a filha do então ministro da Saúde, titular de uma pasta recheada de pesadas licitações, e a irmã de um banqueiro que havia participado ativamente das privatizações do governo FHC.

A ação do Decidir.com é crime de quebra de sigilo fiscal. O uso do CCF do Banco Central é disciplinado pela Resolução 1.682 do Conselho Monetário Nacional, de 31 de janeiro de 1990, que proibe divulgação de dados a terceiros. A divulgação das informações também é caracterizada como crime de quebra de sigilo bancário pela Lei 4.595, de 1964.0 Banco Central deveria ter instaurado um processo administrativo para averiguar os termos do convênio feito entre a Decidir.com e o Banco do Brasil, pois a empresa não era uma entidade de defesa do crédito, mas depromoção de concorrência. As duas também deveriam ter sido alvo de uma investigação da Policia Federal, mas nada disso ocorreu. O ministro da Justiça era José Gregori, atual tesoureiro de campanha de Serra.

A inércia do Ministério da Justiça, no caso, pode ser explicada pelas circunstâncias políticas do período. A Polícia Federal era comandada por um tucano de carteirinha, o delegado Agílio Monteiro Filho,que chegou a se candidatar,sem sucesso, à Câmara dos Deputados, em 2002, pelo PSDB. A vida de Serra e de outros integrantes do partido, entre os quais o presidente Fernando Henrique, estava razoavelmente bagunçada por conta de outra investigação, relativa ao caso do chamado Dossiê Cayman, uma papelada falsa, forjada por uma quadrilha de brasileiros em Miami,que insinuava a existência de uma conta tucana clandestina no Caribe para guardar dinheiro supostamente desviado das privatizações. Portanto, uma nova investigação a envolver Serra, ainda mais com a família Dantas a reboque, seria politicamente um desastre para quem pretendia, no ano seguinte, se candidatar à Presidência. A morte súbita do caso, sem que nenhuma autoridade federal tivesse se animado a investigar a monumental quebra de sigilo bancário não chega a ser, por isso, um mistério insondável.

Além de Temer, apenas outro parlamentar, o ex-deputado bispo Wanderval, que pertencia ao PL de São Paulo, se interessou pelo assunto.Em fevereiro de 2001, ele encaminhou um requerimento de informações ao então ministro da Fazenda, Pedro Malan, no qual solicitava providências a respeito do vazamento de informações bancárias promovido pela Decidir.com. Fora da politica desde 2006, o bispo não foi encontrado por Carta Capital para informar se houve resposta. Também procurada, a assessoria do Banco Central não deu qualquer informação oficial sobre as razões de o órgão não ter tomado medidas administrativas e judiciais quando soube da quebra de sigilo bancário.

Fundada em 5 de março de 2000, a Decidir.com foi registrada na Divisão de Corporações do estado da Flórida, com endereço em um prédio comercial da elegante Brickell Avenue, em Miami. Tratava-se da subsidiária americana de uma empresa de mesmo nome criada na Argentina, mas também com filiais no Chile (onde Verônica Serra nasceu, em1969, quando o pai estava exilado), México, Venezuela e Brasil. A diretoria-executiva registrada em Miami era composta, além de Verônica Serra, por Verônica Dantas, do Opportunity, Brian Kim, do Citibank, e por mais três sócios da Decidir.com da Argentina, Guy Nevo, Esteban Nofal e Esteban Brenman. A época, o Citi era o grande fiador dos negócios de Dantas mundo afora. Segundo informação das autoridades dos Estados Unidos, a empresa fechou dois anos depois, em 5 de março de 2002. Manteve-se apenas em Buenos Aires, mas com um novo slogan- "Com os nossos serviços você poderá concretizar negócios seguros, evitando riscos desnecessários".

Quando se associou a Verônica D. na Decidir.com, em 2000, Veronica S. era diretora para a América Latina da companhia de investimentos International Real Returns (IRR), de Nova York, que administrava uma carteira de negócios de 600 milhões de dólares. Advogada formada pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Harvard, nos Estados Unidos, Verônica S. também se tornou conselheira de uma série de companhias dedicadas ao comércio digital na América Latina, entre elas a Patagon.com, Chinook, com, TokenZone.com, Gemelo.com, Edgix, BB2W, Latinarte.com, Movilogic e Endeavor Brasil. Entre 1997 e 1998, havia sido vice-presidente da Leucádia National Corporation, uma companhia de investimentos de 3 bilhões de dólares especializada nos mercados da América Latina, Asia e Europa. Também foi funcionária do Goldman Sachs, em Nova York.

Verônica S. era ainda sócia do pai na ACP-Análise da Conjuntura Econômica e Perspectivas Ltda., fundada em 1993. A empresa funcionava em um escritório no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, cujo proprietário era o cunhado do candidato tucano, Gregório Marin Preciado, ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), nomeado quando Serra era secretário de Planejamento do governo de São Paulo, em 1993. Preciado obteve uma redução de dívida no Banco do Brasil de 448 milhões de reais para irrisórios 4,1 milhões de reais no governo FHC, quando Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-arrecadador de campanha de Serra, era diretor da área internacional do BB e articulava as privatizações.

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Com base nos dados vazados, a Folha de S.Paulo chegou a fazer reportagem sobre os cheques sem fundos de parlamentares

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Por coincidência, as relações de Verônica S. com a Decidir.com e a ACP fazem parte do livro Os Porões da Privataria, a ser lançado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr.em 2011.

De acordo com o texto de Ribeiro Jr., a Decidir.com foi basicamente financiada, no Brasil, pelo Banco Opportunity com um capital de 5 milhões de dólares. Em seguida, transferiu-se, com o nome de Decidir International Limited, para o escritório do Ctco Building, em Road Town, Ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas, famoso paraíso fiscal no Caribe. De 15, afirma o jornalista,a Decidir.com internalizou 10 milhões de reais em ações da empresa no Brasil,que funcionava no escritório da própria Veronica S. essas empresas deslocadas para vários lugares, mas sempre com o mesmo nome,o repórter apelida,no livro, de "empresas-camaleão".

Oficialmente, Veronica S. e Veronica D. abandonaram a Decidir.com em março de 2001 por conta do chamado "estouro da bolha" da internet - iniciado um ano antes, em 2000. quando classe associaram em Miami. A saída de ambas da sociedade coincide, porém, com a operação abafa que se seguiu o noticia sobre a quebra de sigilo bancário dos brasileiros pela companhia. Em julho de 2008, logo depois da Operação Satiagraha, a filha de Serra chegou a divulgar uma nota oficial para tentar descolar o seu nome da irmã de Dantas. "Não conheço Veronica Dantas, nem pessoalmente, nem de vista, nem por telefone, nem por e-mail", anunciou.

Segundo ela, a irmã do banqueiro nunca participou de nenhuma reunião de conselho da Decidir.com. Os encontros mensais ocorriam, em geral, em Buenos Aires. Veronica S. garantiu que a xará foi apenas "indicada" pelo consórcio Citibank Venture Capital (CVC)/Opportunity como representante no conselho de administração da empresa fundada em Miami. Ela também negou ter sido sócia da Decidir.com, mas apenas "representante"da IRR na empresa. Mas os documentos oficiais a desmentem.

Por Leandro Fortes da Revista Carta Capital

Datafolha: Cid tem 58%, Lúcio 16% e Cals 8%

Governador alcança 69% dos votos válidos e seria reeleito hoje no primeiro turno
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Com três semanas de campanha pela frente, Cid Gomes (PSB) alcançou percentual que supera o dobro das intenções de voto dos adversários somados. A nova rodada da pesquisa O POVO/Datafolha mostra que o governador e candidato à reeleição voltou a subir, enquanto seus principais adversários oscilaram, para baixo, dentro da margem de erro.

Quando se leva em conta só os votos válidos, Cid alcança 69%. Com isso, seria reeleito no primeiro turno, se a eleição fosse hoje. Para vencer sem precisar passar pelo segundo turno, um candidato precisa de 50% mais um dos votos válidos. Nesse cálculo, são descartados votos em branco, nulos, eleitores que dizem não votar em nenhum candidato e aqueles que ainda não sabem em quem votar.

Levando-se em conta o total de votos, Cid chegou a 58%, cinco pontos percentuais a mais do que tinha na pesquisa anterior, realizada no fim de agosto. Desde a primeira pesquisa O POVO/Datafolha, realizada em julho, o atual governador acumula alta de 11 pontos.

O candidato à reeleição cresceu praticamente na mesma medida em que caiu seu adversário mais bem colocado. Lúcio Alcântara (PR) agora aparece com 16%. Desde a pesquisa de julho, o ex-governador, que tenta voltar ao Palácio Iracema, caiu 10 pontos. Em relação à pesquisa Datafolha realizada em agosto, ele aparece com três pontos a menos - oscilação que está no limite máximo da margem de erro, que é de três pontos percentuais.

Já o candidato do PSDB praticamente não teve mudança de seu desempenho após dois meses de campanha. Marcos Cals (PSDB) começou com 7%, oscilou para 9% na segunda rodada da pesquisa O POVO/Datafolha e, agora, nova oscilação, também dentro da margem de erro, para 8%. Considerando-se só os votos válidos, Lúcio tem 20% e Cals, 10%.

Entre os demais candidatos, o único que conseguiu pontuar foi Francisco Gonzaga (PSTU), que ficou com 1%. Eleitores que declararam votar em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos somam 2%. Na pesquisa anterior, o percentual era de 6%. Já os que não sabem em quem votar passaram de 12% na pesquisa anterior para 14%.

Metodologia
O Datafolha ouviu 927 eleitores em 41 municípios, nos dias 9 e 10 de setembro. A margem de erro máxima da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O que significa que, se forem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.

A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) com o número 52908/2010 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número – 29210/2010. (O Povo)

domingo, 12 de setembro de 2010

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma vai a 53%; Serra fica com 23%

A presidenciável do PT, Dilma Rousseff, foi a única candidata que oscilou positivamente na medição do tracking Vox Populi/Band/iG deste domingo. A candidata tinha 52% da preferência do eleitorado e atingiu hoje 53% das intenções de voto.

A oscilação da candidata está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O principal adversário da petista, o candidato José Serra (PSDB), se manteve no patamar de 23% constatado na medição de sábado.

A candidata do PV, Marina Silva, também se manteve com 9% da preferência dos entrevistados pelo instituto Vox Populi.

O número de eleitores que declaram voto branco ou nulo oscilou de 4% para 5% de sábado para domingo e os entrevistados que não sabem em quem votar ou não souberam responder a pesquisa somaram 10% do total.

Espontânea

Com o resultado da medição de hoje, Dilma abriu 30 pontos percentuais de diferença em relação ao tucano José Serra. Com esse patamar, a candidata do PT venceria as eleições ainda no primeiro turno.

Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos ao eleitor, Dilma também oscilou de 43% para 44%, enquanto Serra e Marina se mantiveram com 18% e 7%, respectivamente.

A novidade na sondagem deste domingo é que caiu o número de eleitores que ainda dizem que vão votar no presidente Lula no pleito de 3 de outubro. Desde quando o Vox Populi iniciou a publicação do tracking diária, em 31 de agosto, 2% do eleitorado ainda admitia que iriam votar em Lula na próxima eleição. Agora, esse patarmar caiu para 1% na pesquisa espontânea, assim como o número de eleitores que afirma votar no “candidato do PT”, que também saiu de 2% para 1% neste domingo.

A cada dia, o instituto realiza 500 novas entrevistas. A amostra consolidada com 2000 entrevistas, portanto, só é totalmente renovada após quatro dias. O levantamento foi registrado junto ao TSE sob o nº 27.428/10.

ELEIÇÕES 2010: Onda pró-Dilma no Senado ganha força

A mais recente rodada de pesquisas Datafolha em sete Estados e no Distrito Federal reforçou a onda de políticos favoritos ao Senado alinhados à candidatura presidencial de Dilma Rousseff (PT).

Nos últimos 15 dias, mais três dilmistas declarados passaram a ter chances claras de vitória nas disputas por vagas ao Senado em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Em Pernambuco há sinais de mais um possível nome governista na bancada de senadores a favor de um eventual governo Dilma.

Neste ano, serão renovadas 54 das 81 cadeiras do Senado. Há 27 senadores que têm mandato até 2015. Quando se consideram os favoritos em todos os 26 Estados e no Distrito Federal, contam-se cerca de 40 candidatos favoritos alinhados a Dilma e apenas 20 a favor do presidenciável José Serra (PSDB).

Os levantamentos Datafolha realizados nos dias 8 e 9 reforçam o favoritismo dos dilmistas e indicam que vários deles se consolidam.Nas projeções mais conservadoras, o Senado em 2011 terá no mínimo 50 cadeiras em linha com Dilma, se ela for eleita. É um número suficiente para aprovar leis ou emendas constitucionais.

Nunca houve um cenário semelhante em início de governo para outros presidentes eleitos pelo voto direto pós-ditadura militar.Fernando Collor (1990-1992), Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva tiveram de construir suas maiorias no Senado depois de muito negociação -ainda assim, eram maiorias efêmeras.

Entre os nomes pró-governo que despontaram no Datafolha dos dias 8 e 9 está o de Netinho de Paula (PC do B), candidato ao Senado por São Paulo. Ele saiu de 28% (nos dias 2 e 3) para 36%.O vereador lidera numericamente a disputa, mas está empatado com Marta Suplicy (PT), que tem 35%.

No Rio, houve outro golpe na aliança PSDB-DEM que apoia Serra para presidente. O candidato ao Senado pelo DEM, Cesar Maia, oscilou de 32% para 29%.

Foi ultrapassado por Lindberg Farias (PT), que saiu de 24% e foi a 36%. O primeiro colocado na disputa no Rio é Marcelo Crivella (PRB), que também é pró-Dilma.Em Brasília, a virada governista se deu por meio da alta de Rodrigo Rollemberg (PSB). Ele pulou de 30% para 40% no Datafolha. Está em segundo lugar e deixou para trás Maria Abadia (PSDB), que caiu de 27% para 24%.

No Distrito Federal, a disputa é liderada por Cristovam Buarque (PDT), um ex-petista que se desentendeu com Lula, reconciliou-se agora e apoia Dilma.Por fim, há sinais de mudança à vista também em Pernambuco. Antes líder nas pesquisas, Marco Maciel (DEM) cai a cada levantamento do Datafolha.Em julho, ele tinha 40%. Agora, está com 32% e tecnicamente empatado em segundo lugar com Armando Monteiro (PTB), alinhado a Dilma, que tem 30%.O primeiro colocado em Pernambuco é Humberto Costa (PT), que tem 44%.

Fernando Rodrigues

ELEIÇÕES 2010: Serra perde votos em Belo Horizonte, São Paulo e Curitiba, segundo Datafolha

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Das sete capitais pesquisadas pelo Datafolha, foi em Belo Horizonte que José Serra (PSDB) registrou sua maior queda: sete pontos. Recuou cinco em Curitiba, reduto tucano, e dois em São Paulo, da qual foi prefeito entre 2005 e 2006. No que diz respeito aos Estados, a sangria em Minas, de cinco pontos, ficou atrás apenas da registrada no Distrito Federal.

Desde a semana passada, as campanhas de Aécio Neves ao Senado e de Antonio Anastasia ao governo mineiro têm em mãos uma fita com depoimento de Serra, que reivindica aparecer no horário de propaganda dos correligionários. Segundo Aécio, o material será usado "no decorrer da próxima semana".

ELEIÇÕES 2010: Empresa de Verônica Serra quebrou sigilo de correntistas

A edição desta semana da revista Carta Capital traz uma reportagem sobre a suposta quebra de sigilo de quase 60 milhões de correntistas brasileiros, ocorrida em 2001, por uma empresa com registro em Miami, nos Estados Unidos, e que tinha como um de seus sócios, Verônica Allende Serra, filha do candidato do PSBD à presidência da República, José Serra. O site responsável pelo crime, sob o domínio Decidir.com, era uma filial brasileira de uma empresa argentina.

Os dados teriam ficado disponíveis na internet por cerca de 20 dias. O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, que na época ocupava o mesmo cargo, enviou um ofício ao Banco Central pedindo explicações sobre o caso. Hoje, Verônica ocupa as páginas do noticiário por ter tido o seu sigilo fiscal quebrado em outubro de 2009. A campanha de Serra tem explorado o fato para acusar sua principal adversária, Dilma Rousseff (PT).

Terra

ELEIÇÕES 2010: Serra esteve em Goiânia e Dilma abriu 26 pontos de vantagem

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José Serra (PSDB) esteve em Goiânia no sábado. No estado de Goiás, Dilma abriu 26 pontos de vantagem, segundo pesquisa Ibope/TV Anhanguera:

Dilma (PT): 53% (subiu 10 pontos em relação à pesquisa de 13 de Agosto)
Serra (PSDB): 27% (caiu 5 pontos)
Marina (PV): 8% (manteve)

Na espontânea:

Dilma: 46%
Serra: 21%
Marina: 6%

O Ibope ouviu 812 eleitores em todo o Estado, entre os dias 7 e 9 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

sábado, 11 de setembro de 2010

Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma tem 52%; Serra aparece com 23%

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, oscilou um ponto percentual positivamente e atingiu 23% das intenções de voto no tracking Vox Populi/Band/iG deste sábado.

O tracking mede diariamente as intenções de voto para a eleição presidencial deste ano e constatou que a candidata do PT, Dilma Rousseff, continua na liderança da disputa, apesar de também oscilar um ponto negativo e atingir 52% da preferência do eleitorado neste sábado.

As duas oscilações estão dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Apesar disso, a candidata do PT acumulou quatro pontos percentuais de queda nos últimos cinco dias de medição. No tracking publicado em 06 de setembro a petista tinha 56% da preferência do eleitorado.

A sondagem deste sábado também constatou que a candidata do PV, Marina Silva, permaneceu no mesmo patamar de 9%, observado desde a pesquisa de 7 de setembro. Segundo o Vox Populi, o número de eleitores que se declaram indecisos também se manteve em 10%, enquanto os eleitores que declaram voto branco ou nulo chegaram a 4% dos entrevistados.

Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos ao eleitor, Dilma caiu de 44 para 43%, Serra e Marina se mantiveram com 18 e 7%, respectivamente. Desde o início da medição do tracking Vox Populi/Band/iG, em 31/08 Lula também é citado por 2% e “o candidato do PT” também recebe 2% das menções dos entrevistados.

A cada dia, o instituto realiza 500 novas entrevistas. A amostra consolidada com 2000 entrevistas, portanto, só é totalmente renovada após quatro dias. O levantamento foi registrado junto ao TSE sob o nº 27.428/10.


ELEIÇÕES 2010: Veja intenções de voto à Presidência por sexo e região segundo Datafolha

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Uma nova pesquisa Datafolha de intenção de voto para a Presidência da República foi divulgada na sexta-feira (10). Os principais resultados foram publicados no mesmo dia pelo G1. Além dos números gerais, o instituto calculou os percentuais de intenção de voto dos presidenciáveis por segmentos do eleitorado como sexo, regiões do país e estados.

O quadro ao lado mostra o desempenho de Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), nas sete últimas pesquisas nacionais do Datafolha. O último levantamento, divulgado na sexta, mostra Dilma com 50%, Serra com 27% e Marina com 11%. Dos demais candidatos, nenhum atingiu 1%. Brancos e nulos somaram 4%, e os indecisos, 6%.

Homens e mulheres
Dilma alcança 54% das intenções de voto dentre os homens, mesmo patamar da pesquisa anterior, contra 26% de Serra e 11% de Marina. No levantamento realizado no início do mês, o tucano tinha 28%, e a candidata do PV, 9%.

Entre as mulheres, a petista passou de 46% para 47% nesta pesquisa. Serra tinha 29% e agora tem 28%. Marina oscilou de 10% para 12%.

Regiões
No Sudeste, a candidata do PT tinha 44% na pesquisa anterior e agora tem 46%. O tucano oscilou de 33% para 29%, e Marina passou de 12% para 13%. No Sul, Serra passou de 31% para 35%, enquanto Dilma oscilou de 44% para 43%. Marina se manteve em 9%.

No Norte/Centro-Oeste, Dilma saiu de 51% e foi para 47%, e Marina passou de 10% para 14%. Serra se manteve em 29%. No Nordeste, a petista oscilou de 61% para 63% nesta pesquisa, enquanto o tucano passou de 20%, no levantamento anterior, para 18%. Marina oscilou de 6% para 8%.

Estados
O Datafolha também verificou o desempenho dos candidatos no DF e em alguns estados. Na comparação das duas últimas pesquisas, os resultados de Dilma, Serra e Marina, respectivamente, foram:

SP - 44%, 36%, 11% (2 e 3.set) - 41%, 35%, 14% (8 e 9.set)
RJ - 46%, 23%, 13% (23 e 24.ago) - 49%, 21%, 16% (8 e 9.set)
MG - 48%, 29%, 10% (23 e 24.ago) - 51%, 24%, 11% (8 e 9.set)
RS - 43%, 39%, 7% (23 e 24.ago) - 43%, 38%, 8% (8 e 9.set)
PR - 43%, 34%, 9% (23 e 24.ago) - 46%, 33%, 8% (8 e 9.set)
BA - 60%, 22%, 7% (23 e 24.ago) - 64%, 18%, 8% (8 e 9.set)
PE - 62%, 21%, 5% (23 e 24.ago) - 67%, 18%, 6% (8 e 9.set)
DF - 44%, 25%, 16% (23 e 24.ago) - 51%, 16%, 24% (8 e 9.set)

Sobre a pesquisa
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo". Foram realizadas 11.660 entrevistas em 414 municípios na quarta-feira (8) e na quinta (9). A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 28809/2010.

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