terça-feira, 31 de agosto de 2010

ELEIÇÕES 2010: Em Alagoas, único governador do PSDB no Nordeste ignora Serra e se mostra aliado de Lula

Único governador do PSDB no Nordeste e em busca da reeleição, o alagoano Teotonio Vilela Filho (PSDB) passou a usar imagens ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na propaganda eleitoral gratuita na TV. Porém, passados 15 dias do início da propaganda eleitoral, governador, que ocupa apenas a terceira colocação nas pesquisas em Alagoas, ainda não pediu votos, apresentou imagens ou mesmo citou o nome do presidenciável do partido, José Serra.

Na última sexta-feira e nesta segunda-feira, o programa do candidato à reeleição no Estado apresentou imagens do presidente entregando o “diploma de mérito de reconhecimento à vida”, recebido no dia 18 de junho, em Brasília. Os programas ainda mostraram mais três fotografias, onde Vilela e Lula aparecem juntos em outros eventos, trocando sorrisos e apertando as mãos. Em seus discursos, o governador afirma sempre que o presidente Lula é um parceiro do governo de Alagoas.

Em Alagoas, os outros dois principais candidatos chegaram a brigar judicialmente pelo direito de usar o nome e imagens de Lula e da presidenciável Dilma Rousseff (PT). Após lançar um jingle citando que Lula e Dilma apoiaria Fernando Collor de Mello (PTB), a coligação "Frente Popular por Alagoas", que inclui o PT, conseguiu na Justiça uma decisão impedindo que o ex-presidente citasse os dois nomes em propagandas eleitorais.

O uso das imagens e Lula pelo PSDB no Estado foi duramente criticado pelo diretório PT de Alagoas. “O que ele acabou de produzir se constitui em fraude política, numa tentativa grosseira de confundir o eleitorado”, afirmou, em nota divulgada à imprensa, o presidente do PT e candidato a vice-governador de Ronaldo Lessa (PDT), Joaquim Brito.

O PT informou ainda que vai apresentar uma representação na Justiça Eleitoral questionando o uso das imagens do presidente. “Ele está agindo com oportunismo, talvez até cometendo ilegalidade perante a legislação eleitoral. Por que ele esconde o seu candidato a presidente? Até hoje José Serra não apareceu no programa majoritário do PSDB alagoano” questionou Brito.

A explicação para o uso das imagens de Lula pode estar no desempenho do candidato do PSDB à presidência no Nordeste. Na última pesquisa Datafolha, José Serra aparecia com 21% das intenções de voto na região, contra 60% de Dilma Rousseff (PT), líder na corrida presidencial. A diferença entre os dois é a maior entre as cinco regiões do país.

Segundo pesquisa Ibope, encomendada pela TV Gazeta , Ronaldo Lessa lidera a corrida pelo governo de Alagoas com 29% das intenções de voto, seguido por Fernando Collor de Mello (PTB), com 28%, e Teotonio Vilela, com 24%.

Para tentar reverter o quadro, além de usar Lula, o governador anunciou que deve contar, a partir desta semana, com o apoio do prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), que se manteve distante da disputa eleitoral até o momento. Almeida era líder das pesquisas eleitorais para o governo do Estado e teve a maior votação proporcional entre as capitais do país, com 82% dos votos válidos, na eleição de 2008, quando garantiu a reeleição.

domingo, 29 de agosto de 2010

ELEIÇÕES 2010: Na Bahia, Dilma está 50 pontos à frente de Serra

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Petista conta com 65% da preferência do eleitorado baiano

Dilma Rousseff (PT) aparece com 65% das intenções de votos entre o eleitorado baiano, de acordo com a primeira pesquisa A TARDE/ Vox Populi sobre as Eleições 2010. O segundo colocado, José Serra (PSDB), está 50 pontos percentuais atrás, com 15% das intenções de votos. Com isso, caso as eleições presidenciais fossem hoje, a petista conquistaria 6 milhões de votos no Estado e teria uma frente de 4,7 milhões em relação ao adversário tucano. A terceira colocada, Marina Silva (PV), aparece com 6% de preferência dos baianos. Na pesquisa espontânea, quando o eleitor responde em quem pretende votar sem ter acesso à relação dos candidatos que estão na disputa, a petista aparece com 53%, o que representa mais da metade dos votos entre os baianos. José Serra tem 12%. Em terceiro lugar aparece o presidente Lula, que nem é candidato a nada, com 5% das intenções de votos do eleitorado baiano. Os indecisos representam 21% dos eleitores na pesquisa espontânea.

(A Tarde / SGN)

ELEIÇÕES 2010: Dilma invade a fortaleza tucana

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Candidata do PT deslancha nas pesquisas e vence José Serra até em São Paulo, o último reduto tucano na disputa presidencial

Octávio Costa e Sérgio Pardellas

Se ainda restava alguma cidadela tucana na disputa presidencial, era o eleitorado de São Paulo. Administrado nos últimos 16 anos pelo PSDB, o Estado que hoje abriga o maior colégio eleitoral do País, com cerca de 30 milhões de eleitores, anunciava-se como a principal fonte de votos da campanha de José Serra à Presidência. E os tucanos acreditavam que uma expressiva votação em São Paulo seria capaz de compensar a força da candidata do PT, Dilma Rousseff, no Nordeste, região onde o presidente Lula alcança seu maior índice de popularidade. Na projeção inicial do PSDB, São Paulo serviria também como um catalisador de votos dos demais Estados da região Sudeste e Sul. Mas, a julgar pelas pesquisas de opinião, o último bastião tucano foi implodido nessas eleições. De acordo com pesquisa da Datafolha divulgada na quinta-feira 26, Dilma não só ultrapassou Serra no Estado (41% a 36%) como lidera também na capital paulista, administrada pelo prefeito Gilberto Kassab, do DEMO (41% a 35%). “Isso é reflexo do nível de satisfação da população. Sete em cada dez brasileiros acham que o País está no rumo certo. Parte expressiva deste contingente eleitoral tende a votar na candidata do PT”, disse o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília.

A candidata do PT manteve a curva ascendente e abriu 20 pontos de vantagem sobre Serra em todo o País: 49% a 29%. Há duas semanas, já se cristalizava a formação de uma onda Dilma varrendo os principais Estados, a partir do bom desempenho da ex-ministra nos programas no horário eleitoral gratuito e da entrada de Lula na campanha. A onda, porém, transformou-se rapidamente num tsunami e a vitória de Dilma no primeiro turno parece cada vez mais provável. “É o que podemos chamar de efeito Lula”, ressaltou Fleischer. Se o pleito fosse hoje, Dilma teria 55% dos votos válidos e liquidaria a eleição. Na última semana, além de superar o tucano em São Paulo, Dilma assumiu a liderança no Rio Grande do Sul, no Paraná e entre os eleitores com maior faixa de renda, antes considerados filões de José Serra. No Rio Grande do Sul, governado hoje pela tucana Yeda Crusius, a petista passou de 35% para 43%, contra 39% de Serra, que caiu três pontos percentuais. No Paraná, histórico reduto tucano, cuja capital, Curitiba, é administrada por Beto Richa, do PSDB, Dilma pulou de 34% para 43%, enquanto o tucano despencou de 41% para 34%. Dilma, agora, detém o primeiro lugar em todas as regiões do País.
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O resultado em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do País, também é um exemplo do avanço nacional da candidatura de Dilma. No Estado, governado há oito anos pelo PSDB, o ex-governador Aécio Neves tem conseguido, nos últimos dias, transferir votos para o seu sucessor, Antonio Anastasia, que disputa o Palácio da Liberdade contra Hélio Costa (PMDB). Num movimento oposto ao do tucano Anastasia, Serra vê sua candidatura minguar em Minas a cada dia que passa. Dilma, por sua vez, não para de crescer. Em apenas uma semana, enquanto a petista passou de 41% para 48%, Serra caiu de 34% para 29%. Consolida-se, portanto, a corrente Dilmasia, tendência que apoia Anastasia para o governo e Dilma para presidente. Herdeiro do Lulécio, criado em 2002, o Dilmasia conta hoje com o apoio de mais de 400 prefeitos do Estado. A vocalista do Pato Fu, Fernanda Takai, personifica esse fenômeno. Amiga de Dilma, Fernanda aparece num vídeo postado no site de Aécio, elogiando sua gestão.

DINHEIRO
Campanha de Dilma já arrecadou
R$ 75 milhões, quatro vezes mais que a de Serra

Outra prova da força avassaladora de Dilma é o fato de a coligação em torno da petista ter arrecadado quatro vezes mais do que a de seu principal adversário. De janeiro a julho deste ano, Dilma já recebeu R$ 75,1 milhões em doações aos partidos de sua chapa: PT, PMDB, PCdoB, PDT, PRB, PR, PSB, PSC, PTC e PTN. Enquanto isso, a coligação de Serra, que inclui PSDB, DEM, PPS, PTB, PMN e PTdoB, recebeu apenas R$ 19,4 milhões. Já o PV de Marina Silva ficou com R$ 7,4 milhões. “Não tem faltado dinheiro para nós. O que estamos fazendo é racionalizar a utilização dos recursos”, tenta minimizar o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra.

Embora Dilma esteja bem próxima da vitória, a ordem no staff petista é evitar o salto alto. Nos últimos dias, a candidata tratou de desautorizar qualquer conversa sobre futura composição de governo. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), reforçou: “Da parte da Dilma e do comando da campanha, não tem esse clima de já ganhou. Nossos adversários é que vivem um clima de já perdeu.” Em seu blog, o ex-ministro José Dirceu conclamou a militância petista a não esmorecer na reta final da campanha. “Sebo nas canelas e pé na estrada. Vale lembrar que a eleição é ganha com muito trabalho até a hora da abertura das urnas”, disse. Mas a perspectiva de vitória já no primeiro turno tem um lado positivo, na opinião de outro dirigente petista. “Temos que tomar cuidado para não parecer soberba, mas essa onda avassaladora desorganiza o adversário”, avalia. No núcleo mais próximo de Dilma, o que mais se ouve é que a militância do PT continuará agindo como a garotada do Santos: “Pode estar ganhando de cinco, mas sempre quer mais.”

(IstoÉ)

ELEIÇÕES 2010: Dilma abre 24 pontos de vantagem sobre Serra na pesquisa Ibope

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Após dez dias de exposição dos candidatos à Presidência no horário eleitoral, a petista Dilma Rousseff abriu 24 pontos de vantagem sobre o tucano José Serra. Se a eleição fosse hoje, ela venceria no primeiro turno, com 59% dos votos válidos.

Segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, Dilma chegou a 51% das intenções de voto, um crescimento de oito pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior do mesmo instituto, feito às vésperas do início da propaganda eleitoral.

Desde então, Serra passou de 32% para 27%. Marina Silva, do PV, oscilou de 8% para 7%. Somados, os adversários da petista têm 35 pontos, 16 a menos do que ela.

A performance de Dilma já se equipara à de Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2006. Na época, no primeiro turno, o então candidato petista teve 59% dos votos válidos como teto nas pesquisas.

Geografia do voto

Dilma ultrapassou Serra em São Paulo (42% a 35%) e tem o dobro de votos do adversário (51% a 25%) em Minas Gerais - respectivamente primeiro e segundo maiores colégios eleitorais do País.

No Rio de Janeiro, terceiro Estado com a maior concentração de eleitores, a candidata do PT abriu nada menos do que 41 pontos de vantagem em relação ao tucano (57% a 16%).

Na divisão do eleitorado por regiões, Dilma registra a liderança mais folgada no Nordeste, onde tem mais que o triplo de votos do rival (66% a 20%%). No Sudeste, ela vence por 44% a 30%, e no Norte/Centro-Oeste, por 56% a 24%.

A Região Sul é a única em que há empate técnico: Dilma tem 40% e Serra, 35%. A margem de erro específica para a amostra de eleitores dessa região chega a cinco pontos porcentuais. Mas também entre os sulistas se verifica a tendência de crescimento da petista: ela subiu cinco pontos porcentuais na região, e o tucano caiu nove.

Ricos e pobres

A segmentação do eleitorado por renda mostra que a candidata do PT tem melhor desempenho entre os mais pobres. Dos que têm renda familiar de até um salário mínimo, 58% manifestam a intenção de votar nela, e 22% em Serra.

Na faixa de renda logo acima - de um a dois salários mínimos -, o placar é de 53% a 26%. Há um empate entre a petista (39%) e o tucano (38%) no eleitorado com renda superior a cinco salários.

Também há empate técnico entre ambos no segmento da população que cursou o ensino superior. Nas demais faixas de escolaridade, Dilma vence com 25 a 28 pontos de vantagem.

A taxa de rejeição à candidata petista oscilou dois pontos para baixo, mas se mantem praticamente a mesma desde junho, próxima dos 17%. No caso do candidato tucano, 27% afirmam que não votariam nele em nenhuma hipótese.

A disparada da candidata apoiada pelo presidente Lula disseminou a expectativa de que ela vença a eleição. Para dois terços da população, a ex-ministra tomará posse em janeiro como sucessora do atual presidente. Apenas 19% dos eleitores acham que Serra será o vitorioso.

Mulheres

Com boa parte de sua propaganda direcionada à conquista do eleitorado feminino - dando destaque à possibilidade de uma mulher assumir pela primeira vez a Presidência -, Dilma cresceu mais entre as mulheres (nove pontos) que entre os homens (cinco pontos).

Na simulação de segundo turno, a vantagem de Dilma entre as mulheres é agora praticamente a mesma que entre os homens, um fato inédito na campanha. O próprio Lula sempre teve mais votos entre os homens.

A pesquisa mostra que 57% dos eleitores já assistiram a pelo menos um programa do horário eleitoral.

Segundo o Ibope, 50% dos brasileiros preferem votar em um candidato apoiado pelo presidente, e 9% tendem a optar por um representante da oposição. Do total do eleitorado, 88% sabem que Dilma é a candidata de Lula.

O governo do presidente é considerado ótimo ou bom por 78% dos brasileiros. Outros 4% consideram a gestão Lula ruim ou péssima.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

ELEIÇÕES 2010: Dilma tem 47 pontos a mais do que Serra no Ceará, mostra pesquisa O POVO/Datafolha

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Pesquisa O POVO/Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 26, mostra que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, está 47 pontos percentuais à frente de José Serra (PSDB), na corrida presidencial no Ceará.

Dilma tem 63% das intenções de voto entre os cearenses, e Serra 16%. A candidata do PV, Marina Silva, chega a 5%.

Dos demais candidatos nenhum atingiu 1% das intenções de voto. De acordo com a pesquisa, brancos e nulos totalizam 4% e os que não sabem, 11%.

As entrevistas, coletadas entre esta terça-feira, 24, e quarta-feira, 25, já retratam a nova realidade pós-horário eleitoral gratuito e pós-debate do Grupo de Comunicação O POVO.

A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo turno

De acordo com O POVO/Datafolha, num eventual segundo turno entre Dilma e Serra, a petista teria 69% e o tucano, 21%. Brancos e nulos totalizam 4% e os que não sabem, 5%.

ELEIÇÕES 2010: Com horário eleitoral, vantagem de Cid mais que dobra

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A primeira pesquisa O POVO/Datafolha realizada depois do início do horário eleitoral no rádio e na televisão mostra que o governador Cid Gomes (PSB) se distanciou ainda mais dos adversários. Desde julho, a vantagem de Cid para os outros candidatos mais que dobrou. A diferença, que era de 11 pontos em relação à soma dos demais competidores, agora é de 23 pontos percentuais. A perspectiva de vitória já no primeiro turno, que já era apontada na primeira pesquisa, amplia-se ainda mais. Para vencer já no primeiro turno, um candidato precisa ter mais votos que a soma dos demais concorrentes, ou seja, 50% mais um dos votos válidos.

Cid cresceu seis pontos desde a última pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 20 e 23 de julho. Agora, ele chegou a 53% das intenções de voto. Seu adversário mais bem colocado, Lúcio Alcântara (PR), caiu sete pontos, de 26% para 19%. Marcos Cals (PSDB) cresceu dois pontos e tem agora 9%. Desconsiderando votos em branco, nulos e eleitores indecisos, Cid tem 63% dos votos válidos.

A última pesquisa foi realizada nos dias 24 e 25 de agosto, terça e quarta-feira desta semana. Quando os pesquisadores foram às ruas, haviam sido exibidos três dias de horário eleitoral dos candidatos ao Governo. O último dia da pesquisa pegou ainda o quarto dia de propaganda dos candidatos na televisão e no rádio.

Francisco Gonzaga (PSTU) e Marcelo Silva (PV) aparecem, cada um, com 1% das intenções de voto. Os demais candidatos não atingiram 1%. Brancos, nulos e eleitores indecisos somam 6%. Os que não sabem em quem votariam na pesquisa estimulada - isso é, mesmo ao ver o nome dos candidatos em uma lista - são 12%.

Espontânea

O início do horário eleitoral reduziu o número de eleitores indecisos na pesquisa espontânea - a consulta na qual os eleitores dizem em quem pretendem votar antes de ver a lista com o nome dos candidatos. Essa é a pesquisa que mostra o voto mais consolidado.

Os indecisos ainda são maioria, mas caíram significativamente no intervalo de um mês: de 63% para 43%.

Nessa pesquisa, Cid cresceu de 18% para 34%. Lúcio passou de 8% para 9%. Marcos Cals viu suas intenções de voto espontâneas dobrarem: 3% para 6%.

Rejeição
A rejeição do ex-governador Lúcio Alcântara permaneceu a mesma desde a pesquisa anterior: 24% de eleitores que dizem que não votariam nele de jeito nenhum. O maior índice entre os concorrentes. Já o sucessor de Lúcio, Cid Gomes, que aparecia com 23% de rejeição na pesquisa passada, conseguiu melhorar seus números, reduzindo o percentual para 16%. Já Marcos Cals foi o único entre os principais candidatos a ver sua rejeição crescer: 15% para 19% desde julho.

ELEIÇÕES 2010: Após queda de Serra, tucanos prometem “volta por cima”

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Os vinte pontos que Dilma Rousseff abriu à frente de José Serra podem ter baqueado os tucanos, mas o discurso oficial é de volta por cima. Há quem fale em milagre. Há quem compare com o pleito de 2006, quando Lula contrariou as expectativas e acabou disputando o segundo turno com Alckmin. O deputado federal José Aníbal (PSDB-SP) disse a este blog que está havendo um “exaltacionismo” na campanha de Dilma. - É um clímax permanente, que mistura a todo momento realidade com ficção. Para o deputado, a petista não tem peso próprio. O problema é que a hipótese de Aníbal – a de Lula um dia vir a descredenciar Dilma – não existe nem na ficção. – Ela continua sendo a indicação de Lula. Se um dia o presidente disser que não gosta mais de Dilma, isso vai se refletir nas pesquisas e ela vai perder pontos. A associação do eleitor é com o Lula, e não com uma causa. (R7)

ELEIÇÕES 2010: 15% dos eleitores tucanos querem votar no candidato de Lula

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Ao que tudo indica, a rota de queda de José Serra (PSDB) nas pesquisas de intenção de voto ainda não chegou ao fim. Ao mesmo tempo, o potencial de crescimento de Dilma Rousseff (PT) não está esgotado.

Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, Dilma abriu 20 pontos sobre o tucano e agora lidera por 49% a 29% (no levantamento anterior, ela tinha 47%, e ele, 30%)

Se não houver nenhum fato novo capaz de alterar significativamente o cenário eleitoral, Dilma ainda pode esperar "roubar" alguns pontos percentuais de Serra. É que há entre os eleitores do tucano 15% que dizem querer votar com certeza no candidato apoiado por Lula. Isso corresponde a cerca de 4,5 pontos percentuais.

Ou seja, se todos esses eleitores "acertassem" o candidato apoiado por Lula, Serra perderia cerca de 4,5 pontos, e Dilma cresceria esse mesmo valor.

Além disso, 19% dos eleitores de Serra afirmam que o apoio de Lula a um candidato talvez os levasse a votar nele. Isso corresponde a quase seis pontos percentuais dos votos do tucano.

Segundo especialistas, é ilusório imaginar que 100% dos eleitores saberão quem é o candidato que Lula apoia.

Em dezembro, 52% dos eleitores sabiam que Dilma era apoiada por Lula. Hoje, são 85% os que a associam ao presidente.

É razoável esperar que esse percentual fique um pouco acima de 90%, dizem especialistas.

Se isso de fato acontecer, Dilma cresceria mais três ou quatro pontos percentuais. E Serra perderia a mesma quantia.

A margem de erro máxima da pesquisa, contratada pela Folha e pela Rede Globo, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Foram feitas 10.948 entrevistas em todo o país nos dias 23 e 24.A pesquisa está registrada no TSE sob o número 25.473/2010.

ELEIÇÕES 2010: Um em cada cinco eleitores de Serra prefere programa de Dilma na TV

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Um quinto dos eleitores de José Serra (PSDB) avalia que o melhor programa de TV é o de Dilma Rousseff (PT). Dos que declaram voto no tucano e viram o horário eleitoral, 61% afirmam que seu programa é o melhor, mas 22% preferem o de Dilma, e outros 4%, o de Marina Silva (PV).

Entre os eleitores que simpatizam com o PSDB, essa proporção é ainda mais alta: 36% dos tucanos apreciam o programa de Dilma, contra apenas 48% que preferem o de Serra, e 7%, o de Marina.

Dos eleitores de Dilma, três quartos (77%) preferem o horário de sua candidata, ante 9% que elogiam o de Serra, e 4% o de Marina. Dos simpatizantes do PT, o programa de Dilma tem a preferência de 76%; 11% apreciam o programa tucano, e 4%, o do PV.

Ao todo, o programa de Dilma (que é também o mais assistido) é aprovado por 54% dos eleitores que viram o horário eleitoral, contra 26% de Serra e 7% de Marina.

Criada pelo marqueteiro João Santana, a campanha de Dilma é considerada a melhor por 32% dos eleitores de Marina (contra 37% que preferem o programa da senadora) e por 31% dos eleitores de Plínio de Arruda Sampaio (contra 34% que elogiam o horário de seu candidato).

O programa do PT é ainda o mais elogiado entre aqueles que pretendem votar nulo ou em branco (46%).

Fonte: Folha.com

ELEIÇÕES 2010: Dilma tem 67% no Ceará

A candidata do PT, Dilma Rousseff, lidera com folga a disputa presidencial no Ceará com 67% contra 20% do tucano José Serra e 5% de Marina Silva (PV). Os brancos e nulos são 4%, mesmo percentual dos indecisos.

Cid é aprovado com 54%

A avaliação positiva do governo Cid Gomes é de 54%, regular 34% e negativa 10%. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem uma das maiores taxas de aprovação no Estado, 90% de positivo e 10% de regular. O índice de avaliação negativa de Lula no Ceará é de 0%.

(Portal Ig)

ELEIÇÕES 2010: Na disputa para o Senado, Tasso lidera.

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O instituto Vox Populi realizou sondagem para o cargo de senador. Tasso Jereissati (PSDB) lidera com 31%. Os candidatos José Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (PMDB) aparecem empatados com 14%, cada um. Tarcísio Leitão (PCB), Alexandre Pereira (PPS) e Marilene Torres (PSOL) tiveram 1%. Indecisos são 25%. Brancos e nulos, 7%. Os dados consideram a soma das votações para as duas vagas. Declararam dar o primeiro voto a Tasso, 47% dos entrevistados. 13% indicaram Eunício e 10%, Pimentel.

ELEIÇÕES 2010: Cid Gomes venceria em 1º turno, diz Vox Populi

http://diariodonordeste.globo.com/imagem.asp?Imagem=449993
“Se as eleições fossem hoje o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), candidato à reeleição, venceria logo no primeiro turno com 51%, segundo pesquisa Vox Populi/iG divulgada nesta quinta-feira. O ex-governador Lúcio Alcântara (PR) aparece com 20%, Marcos Cals (PSDB) com 10% e Marcelo Silva (PV) com 1%. Os demais candidatos não pontuaram. Brancos e nulos totalizaram 4% e indecisos 14%. A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo o Vox Populi, 69% dos entrevistados disseram que não mudarão seus votos e 29% admitiram que ainda podem mudar. Cid Gomes é apontado como candidato com mais chance de vitória por 68% e Lúcio Alcântara por 13%. Em termos de rejeição, entretanto, a de Cid Gomes é a maior: 20%. Lúcio Alcântara aparece em seguida com 19%. A menor rejeição é a Marcos Cals, 8%.


Pesquisa espontânea
Na pesquisa espontânea onde o entrevista não tem uma lista prévia com os nomes, Cid obteve 37% contra 12% de Lúcio Alcântara.”

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

ELEIÇÕES 2010: Jornal britânico fala em “vitória retumbante” de Dilma

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O jornal britânico Financial Times afirmou ontem que é difícil um resultado diferente do que uma "vitória retumbante" da candidata Dilma Rousseff na eleições. O texto saiu no blog Beyond BRICs e cita as mais recentes pesquisas de intenção de voto, nas quais Dilma aparece com vantagem suficiente para vencer no primeiro turno.

O texto do Financial Times analisa principalmente os erros cometidos pelo principal candidato de oposição nas eleições. "Ele deveria continuar a reforma do estado iniciada na década de 90 por Fernando Henrique Cardoso. Ao invés disso, Serra permitiu que Dilma se posicionasse como a campeã da ortodoxia e da responsabilidade fiscal", diz o artigo.

O jornal também apontou o equívoco na estratégia da oposição em atacar os vizinhos da América Latina. “Ele [Serra] ocupou espaços valiosos de cobertura acusando Evo Morales de vender cocaína ao Brasil, acusando o PT de ligações com as Farc e acusando o governo de censurar a imprensa brasileira – certamente uma das menos censuradas no mundo”.

Leia o texto original aqui. A avaliação do jornal repercutiu na imprensa brasileira aqui e aqui.

ELEIÇÕES 2010: Números da pesquisa Datafolha pelos estados; Dilma lidera em todos

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Pesquisa Datafolha / Distrito Federal: Dilma Rousseff 44% ; José Serra 25%

Pesquisa Datafolha / Pernambuco: Dilma Rousseff 62% ; José Serra 21%

Pesquisa Datafolha / Bahia: Dilma Rousseff 60% ; José Serra 22%.

Pesquisa Datafolha / Paraná: Dilma Rousseff 43% ; José Serra 34%

Pesquisa Datafolha / Rio Grande do Sul: Dilma Rousseff 43% ; José Serra 39%

Pesquisa Datafolha / Minas Gerais: Dilma Rousseff 48% ; José Serra 29%

Pesquisa Datafolha / Rio de Janeiro: Dilma Rousseff 46% ; José Serra 23%

Pesquisa Datafolha / São Paulo: Dilma Rousseff 41% ; José Serra 36%

ELEIÇÕES 2010: Dilma vence Serra na cidade de São Paulo: 41% x 35%

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Pesquisa do Datafolha mostra que Dilma Rousseff (PT) ultrapassou José Serra (PSDB) na capital paulista, e já abre vantagem de 6 pontos:

Intenção de voto na cidade de São Paulo:
Dilma: 41%
Serra: 35%
Marina: 11%

A vitória de Dilma na capital paulista é emblemática. Serra nasceu em São Paulo, fez carreira política toda em São Paulo, foi prefeito de São Paulo (bem... há controvérsias, já que ele mal assumiu e abandonou o cargo após 1 ano e 3 meses), e acaba de ser governador de São Paulo.

Os amigos paulistas devem ter se dado conta dos alagões, pedágios, congestionamentos, corrupção, cracolândias, PCC's, escândalos de corrupção no Metrô, na Operação Castelo de Areia, com bloqueio de contas na Suíça.

ELEIÇÕES 2010: Propaganda de Dilma na TV é a mais elogiada

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Mais da metade (54%) dos eleitores que já assistiram ao horário eleitoral gratuito na TV afirmam que Dilma Rousseff (PT) é a candidata a presidente que está se saindo melhor nas propagandas.

Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, José Serra (PSDB) aparece em segundo lugar, com 26%, e Marina Silva (PV) fica em terceiro, com 7%.

No levantamento anterior, o desempenho de Dilma era o melhor para 49% dos entrevistados que viram os programas, e o de Serra, para 27%. A propaganda de Marina era a melhor para 8%.

O número de eleitores que já assistiram aos programas na TV aumentou. Segundo a pesquisa divulgada no dia 20, eram 34%. Agora, são 39%.

Desemprego fica em 6,9% em julho e é o menor desde 2002, diz IBGE

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A taxa de desemprego ficou em 6,9% em julho, conforme informações divulgadas nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a menor para meses de julho desde 2002, quando teve início a série histórica do instituto.

No mês anterior, junho, o índice havia ficado em 7%. Já em julho do ano passado, a taxa registrada foi de 8%.

No mês, a quantidade de desempregados ficou estável em 1,6 milhão de pessoas. Já em relação a julho do ano passado, houve queda de 11,3%. O número de pessoas ocupadas também permaneceu igual no mês, em 22 milhões. No entanto, na comparação anual, cresceu 3,2%. A estabilidade também foi registrada no número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado - em julho, foram verificados 10,2 milhões pessoas. Em relação a julho de 2009, houve alta de 5,9%.

Salários

O rendimento médio real dos trabalhadores cresceu 2,2% em julho, ficando em R$ 1.452,50. No ano, o aumento foi de 5,1%.

Desemprego menor em Recife

Entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, a maior variação da taxa de desocupação foi verificada em Recife, que passou de 8,6% em junho para 10% em julho. Na comparação com julho do ano passado, foram registrados recuos de 1 ponto percentual em Belo Horizonte, de 0,9 no Rio de Janeiro, de 1,7 em São Paulo e de 1 em Porto Alegre.

Na pesquisa, são estudadas as taxas de desocupação em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre).

ELEIÇÕES 2010: As mentiras de Serra

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José Serra (PSDB) vai lançar um santinho de campanha inspirado no filme "Central do Brasil", de Walter Salles. Distribuirá cartões postais em rodoviárias e estações de trem de SP, para que os eleitores de origem nordestina enviem aos parentes que vivem na região. O texto dirá que ele "fez muito por nós em São Paulo", onde os migrantes vieram "tentar melhorar de vida".

Serra mente. Serra não gosta de nordestino

Vamos relembrar 2006

Em 2006, quando candidato a governador de São Paulo, José Serra deu entrevista ao jornalista Chico Pinheiro, na Globo de São Paulo. O entrevistador perguntou como o então candidato --atual governador-- explicava as notas baixas das escolas públicas de São Paulo – estado que os tucanos controlavam, então, há doze anos. A resposta de Serra foi taxativa: a culpa é dos migrantes.

"Diferentemente dos Estados do Sul [que foram os primeiros colocados na avaliação, São Paulo tem muita migração. Muita gente que continua chegando... Este é um problema", afirmou Serra na ocasião.

Com a péssima repercussão da entrevista --principalmente entre os nordestinos, que são a maior parte dos migrantes que vivem em São Paulo-- o governador tentou consertar a declaração e passou a elencar inúmeros fatores que também contribuíam para o péssimo desempenho da educação conduzida pelo governo do Estado.

Mas 2 anos depois de ter assumido o governo, parece que a gestão Serra ainda não encontrou os reais motivos para os problemas da educação e, se encontrou, não tomou providências pois o Enem continua mostrando que a situação educacional vai de mal a pior no maior e mais rico estado da federação.

Ou seja, para Serra, o problema da má qualidade da educação em São Paulo é o Nordeste. Além de preconceituosa, a avaliação é equivocada. Um nordestino não é mais burro do que um paulista. Só é mais pobre. E para crianças pobres o que São Paulo oferece são escolas públicas indigentes. Um problema que não vai ser resolvido apenas colocando dois professores em cada sala de aula, como prometeu Serra

Aprovação a Lula chega a 79% e atinge novo recorde

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a bater um recorde de popularidade e agora seu governo é aprovado por 79% dos eleitores brasileiros, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 23 e 24, com 10.948 entrevistas em todo o país.

A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Antes da atual pesquisa, o máximo de aprovação a Lula era de 78%, registrado em pesquisa dos dias 30 de junho e 1º de julho últimos.

No levantamento anterior, realizado nos dias 9 a 12 deste mês, o governo do petista teve 77% de aprovação.

Desde dezembro sua taxa de "bom/ótimo" está acima de 70%. Segundo o Datafolha, hoje 17% consideram a administração federal do PT "regular". Para outros 4% o governo é "ruim/péssimo".

Embora as variações da taxa de aprovação tenham sido dentro da margem de erro da pesquisa Datafolha, Lula é o primeiro presidente da República a alcançar esse percentual de popularidade nas pesquisas do instituto.

O Datafolha pesquisou a avaliação de todos os presidentes eleitos pelo voto direto depois da ditadura militar (1964-1985). Fernando Collor (1990-1992) teve uma popularidade máxima de 36%. Fernando Henrique Cardoso (1995-2001) chegou a 47%.

Apesar do recorde de popularidade, a nota média atribuída ao presidente não mudou. Era 8,1 no início do mês e ficou estável.

Para 81% dos eleitores brasileiros, Lula merece notas iguais ou superiores a 7, sendo que 33% citam a nota máxima, dez. Só 2% dos entrevistados dão zero.

Lula vai melhor entre eleitores de Dilma Rousseff (8,9), habitantes do Nordeste (8,7), os pernambucanos (8,9) e os que têm nível fundamental de escolaridade (8,6) e renda familiar de até dois salários mínimos (8,5).

Folha de São Paulo

ELEIÇÕES 2010: Coluna do Lustosa

Direita na geleira

Com o iminente desbaramento eleitoral do PSDB e do PFL, a direita brasileira se recolhe à sua insignificância, por mais oito anos. Continua a contar apenas com decadentes órgãos de imprensa que sonham com os subsídios de Washington quando combatem Hugo Chávez, Evo Morales e o presidente do Equador. Estamos livres dos palpites de FHC e de muitos tucanos que continuarão, porém, a ejacular suas incontinências nas folhas dos jornalões.

Títere

A grande imprensa golpista, ao ver o favoritismo de Dilma Rousseff, recorreu aos arquivos dos serviços de segurança e de tortura para mostrá-la como perigosa terrorista. O engraçado é que os mais lúcidos perceberam tratar-se de uma moça de 22 anos que se tornou heroína por colocar a própria vida em risco para combater a ditadura que enchia as burras dos grandes veículos de comunicação escrita e eletrônica.

Independente

Ora os meios de comunicação pintam Dilma Rousseff como executiva enérgica que impõe a realização dos programas do governo. Ora dizem que, ela no poder, será apenas o Lula de saias. Fará tudo quanto ele mandar. Os golpistas precisam distinguir. Dilma é uma mulher forte, capaz até de pegar em armas na defesa de seus ideais, ou uma maria-vai-com-as-outras que se acomoda com tudo? O que não podem os jornalões é tratar a verdade, com tanto menosprezo por estarem a serviço da direitona.

Da coluna de Lustosa da Costa para o Diário do Nordeste – Fortaleza 26/08/10.

Charge do Dia: Menor abandonado

ELEIÇÕES 2010: Serra-2010 pode sair da urna menor que o de 2002

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Longe dos holofotes, já não há nos arredores do QG de José Serra quem considere a hipótese de uma virada tucana.

Dá-se de barato que o favoritismo de Dilma Rousseff, por eloquente, levará a candidata de Lula à cadeira de presidente.

O Datafolha desta quinta (26), que traz Dilma 20 pontos à frente de Serra, tende a tonificar a atmosfera de desalento.

O tucanato preocupa-se agora com o tamanho da derrota. Um infortúnio que as sondagens eleitorais prenunciam como acachapante.

Avalia-se que, em sua versão 2010, Serra flerta com o risco de sair das urnas com estatura política menor que a de 2002.

Um dirigente do PSDB carrega no bolso da calça, enfiado na carteira, um papelucho com o resultado das duas últimas eleições presidenciais.

Na de 2002, informa a anotação, Lula prevaleceu sobre Serra, no segundo turno, por um placar de 61,27% a 38,72% dos votos válidos.

No turno inaugural da eleição daquele ano, Serra beliscara 23,2% dos votos. Havia porém, mais candidatos.

Atrás de Serra, vieram Anthony Garotinho, à época no PSB, com 17,87%; e Ciro Gomes, então no PPS, com 11,97%.

Agora, Serra frequenta um pelotão secundário que, noves fora o lote de nanicos que não pontuam no Datafolha, inclui apenas Marina Silva (PV).

Tomado por essa última pesquisa, Serra, em curva descendente, belisca, por ora, 29% das intenções de voto.

Dilma, em movimento ascendente, escala os 49%. Empurra-a um patrono cuja popularidade foi a 79%. Marina, estacionária, conserva-se na casa dos 9%.

Mantido esse cenário, diferentemente do que ocorrera há oito anos, Serra não chegará ao segundo round. Vai a nocaute no primeiro.

Segundo as contas do Datafolha, considerando-se apenas os votos válidos, Dilma já soma 55%. E ainda dispõe de 38 dias para ampliar o índice.

Se a velocidade da disparada não for interrompida, a pupila de Lula pode amealhar no primeiro turno mais do que os 61,27% que o cabo eleitoral cravara no segundo turno de 2002.

Pior: Serra pode chegar a outubro como uma espécie de sub-Alckmin.

Em 2006, ajudado pelos aloprados do PT, Geraldo Alckmin logrou arrastar Lula para o segundo turno.

Teve menos votos do que obtivera no primeiro. Mas somou, informa o papelucho do dirigente tucano, 39,17%, contra 60,83% de Lula.

Para adensar o tsunami que engolfa Serra, Alckmin é, hoje, forte candidato a retomar a cadeira de governador de São Paulo.

Se a vitamina que Lula tenta injetar na candidatura de Aloizio Mercadante não surtir efeito, Alckmin dividirá o estrelato do PSDB com Aécio Neves.

Praticamente eleito senador por Minas, Aécio será mais forte se conseguir eleger Antonio Anastasia governador. Sem isso, será um líder manco.

Seja como for, esboça-se um quadro em que Alckmin e Aécio vão às primeiras posições na fila da oposição para 2014.

Qual será o estilo da oposição a ser exercida pela dupla?, eis a interrogação que bóia na atmosfera.

Em tempos de falência das idelogias, Alckmin é tido como a asa direita do tucanato. Não é, porém, dado a rompantes. De resto, se eleito, precisará dos cofres de Brasília.

Tampouco Aécio é dado a arroubos. Ao contrário. Dono de personalidade acomodatícia, privilegia o acordo, não o confronto.

Somando-se a tudo isso a perspectiva de a oposição levar ao Congresso uma bancada lipoaspirada, chega-se a um cenário róseo para Dilma.

À oposição, não restará senão torcer em segredo para que a cópia não repita o êxito do original.

De resto, o tucanato, grupo de amigos integralmente composto de inimigos, terá de zelar para que Alckmin e Aécio cheguem a 2014 com os cotovelos recolhidos.

Blog do Josias- Jornal Folha de São Paulo

ELEIÇÕES 2010: Dilma tem 49%, e Serra, 29%, aponta Datafolha

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A candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff, manteve sua tendência de alta e foi a 49% das intenções de voto. Abriu 20 pontos de vantagem sobre seu principal adversário, José Serra, do PSDB, que está com 29%, segundo pesquisa Datafolha. Os contratantes do levantamento são a Folha e a Rede Globo.

Realizada nos dias 23 e 24 com 10.948 entrevistas em todo o país, o levantamento também indica que Dilma lidera agora em segmentos antes redutos de Serra. A petista passou o tucano em São Paulo, no Rio Grande do Sul e no Paraná e entre os eleitores com maior faixa de renda.

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Em São Paulo, Estado governado por Serra até abril e por tucanos há 16 anos, Dilma saiu de 34% na semana passada e está com 41% agora. O ex-governador caiu de 41% para 36%.
Na capital paulista, governada por Gilberto Kassab (DEM), aliado de Serra, ela tem 41% e ele, 35%.

No Rio Grande do Sul, a petista saiu de 35% e foi a 43%. Já Serra caiu de 43% para 39% entre os gaúchos.

A margem de erro máxima da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Todas as oscilações nacionais se deram dentro do limite.

Dilma tinha 47% na sondagem do dia 20 e foi a 49%. Serra estava com 30% e agora tem 29% Marina Silva (PV) manteve-se em 9%. Há 4% que dizem votar em branco, nulo ou em nenhum. E 8% estão indecisos. Os demais candidatos não pontuaram.

Se a eleição fosse hoje, Dilma teria 55% dos votos válidos (os que são dados apenas aos candidatos) e venceria no primeiro turno.

Serra se mantém ainda à frente em alguns poucos estratos do eleitorado. Por exemplo, entre os eleitores de Curitiba, capital do Paraná, onde registra 40% contra 31% de sua adversária direta.

'BOLSÕES'

Mas o avanço da petista ocorre também nesses bolsões serristas. No levantamento de 9 a 12 deste mês, Serra liderava entre os curitibanos com 43% contra 24% de Dilma, uma vantagem de 19 pontos. Agora, a diferença caiu para nove pontos.

Quando se observam regiões do país, a candidata do PT lidera em todas, inclusive no Sul. Na semana passada, ela estava tecnicamente empatada com Serra, mas numericamente atrás: tinha 38% contra 40% do tucano.

Agora, a situação se inverteu, com Dilma indo a 43% e o tucano deslizando para 36% entre eleitores sulistas.

SEGUNDO TURNO

Como reflexo de seu desempenho geral, Dilma também ampliou a vantagem num eventual segundo turno. Saiu de 53% na semana passada e está com 55%. Serra oscilou de 39% para 36%. Ampliou-se a distância, que era de 14, para 19 pontos.

Outro dado relevante e que indica um mau sinal para o tucano é a taxa de rejeição. Dilma é rejeitada por 19% dos eleitores, taxa que se mantém estável desde maio.

Já Serra está agora com 29% (eram 27% semana passada) e chega a seu maior percentual neste ano.

Na pesquisa espontânea, quando os eleitores não escolhem os nomes de uma lista de candidatos, Dilma foi a 35% contra 18% de Serra.

No levantamento anterior, os percentuais eram 31% e 17%, respectivamente.

A pesquisa está registrada no TSE sob o número 25.473/2010.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

ELEIÇÕES 2010: Jefferson diz que Serra já perdeu

De Roberto Jefferson, o aliado (nesta eleição, de José Serra) que não tem papas na língua:

- Agora que os anéis se foram, resta salvar os dedos. Temos que guardar energias para eleger o Beto Richa, consolidar o Geraldo Alckmin e virar o Antonio Anastasia.

Mas e o Serra? Sem chance?

- Vou votar no Serra, mas não tem mais volta. Agora, só se a Dilma for apanhada com uma mala com 200 000 reais dentro.

Por Lauro Jardim

ELEIÇÕES 2010: PSDB admite que vantagem ampla de Dilma em pesquisas é inesperada

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O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, admitiu, nesta terça-feira (24), em Porto Alegre, que o crescimento nas pesquisas da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, superou o nível esperado. "O quadro da corrida eleitoral, não exatamente nesta dimensão, era previsível. Sempre trabalhamos com a ideia de que, quando o Lula entrasse na campanha de televisão, e a Dilma ficasse totalmente conhecida, haveria uma alavancada da posição dela", disse.

O senador esteve na capital do Rio Grande do Sul participando de caminhada pelo Mercado Público ao lado da governadora e candidata à reeleição Yeda Crusius (PSDB) e de encontro com um movimento suprapartidário de apoio a José Serra (PSDB).

Guerra também garantiu que, de agora em diante, Serra deve começar a aparecer mais no horário eleitoral de candidatos a governadores simpáticos ao tucano. Segundo Guerra, a campanha vai adotar ainda como estratégia de reação à queda do tucano José Serra nas pesquisas, a tática de deixar a candidata do PT aparecer para "se mostrar".

"O que vamos desenvolver ao longo da campanha é um grande esforço para que a Dilma fale, apareça e se mostre para que a população entenda que, em janeiro, quem vai governar o Brasil não será mais o Lula. Será o Serra ou a Dilma. E, se for a Dilma, não será um bom caminho para o Brasil", disse.

Fonte: UOL

Momento Esporte: Bragantino e Icasa não saem do zero

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Bragantino e Icasa seguem sem embalar na Série B do Campeonato Brasileiro. Na noite desta terça-feira, as equipes empataram em 0 a 0 no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, em uma partida movimentada, porém sem finalizações decisivas.

Com este resultado, o Bragantino soma agora 18 pontos, permanecendo na 14ª posição depois do seu nono empate jogando em casa. Já o Icasa chegou a 21 pontos, em 11º na tabela da competição nacional.

O jogo começou bem equilibrado: as duas equipes não temiam em partir para o ataque e os primeiros minutos foram bastante movimentados.

No entanto, no decorrer do primeiro tempo a atuação do Icasa melhorou. Enquanto o Bragantino só chegava ao ataque adversário com bolas alçadas, o Verdão chegava com mais regularidade.

Aos 30 minutos, o Icasa perdeu uma ótima chance: após cobrança de falta, Panda cortou Murilo Silva dentro da área e cruzou para Assisinho, sozinho no centro da grande área. O atacante furou a bola e desperdiçou a oportunidade de abrir o placar em Bragança Paulista.

Na volta do intervalo, a equipe do Icasa continuou melhor em campo e começou a segunda etapa fazendo pressão para cima do Bragantino. Com 10 minutos, o Verdão já tinha levado muito perigo ao gol adversário, colocando duas bolas na trave.

Aos 26 minutos foi a vez do Bragantino chegar muito perto de abrir o placar: após cruzamento de Astorga, a bola atravessou a área toda e chegou aos pés de Marcelinho, que estava livre de marcação e sem goleiro na jogada, mas se embolou e acabou chutando fraco. Luciano salvou o Icasa, tirando a bola quase em cima da linha.

O time paulista se empolgou com a chegada perigosa e começou a colocar pressão em cima do Icasa. Mas a defesa bem postada do time visitante impediu que as tentativas do Bragantino se transformassem em gols, deixando tudo igual, em 0 a 0, no estádio Nabi Abi Chedid. Já nos acréscimos, o Icasa ainda teve Cássio Lopes expulso.

Na próxima rodada o Bragantino vai enfrentar o Vila Nova no Serra Dourada. Já o Icasa recebe a Ponte Preta no Romeirão.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

ELEIÇÕES 2010: Será essa a melhor eleição de Lula?

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Transferência de prestígio inédita será parâmetro de futuras campanhas

SE A ELEIÇÃO FOSSE hoje, a candidata lançada pelo presidente Lula seria eleita presidente já no primeiro turno, com larga vantagem sobre seus adversários.
Pela primeira vez fora das urnas, desde a volta das diretas, Lula desenha seu melhor desempenho em eleições no papel de impulsionador de sua criatura. A inédita transferência de prestígio, em nível nacional, quebra paradigmas e será parâmetro para elaboração de campanhas em eleições futuras.

A aprovação dos brasileiros ao governo federal está no centro dessa eleição e permeia todas as ações e movimentos das candidaturas. Ao tentar associar Serra à imagem de Lula no horário eleitoral a oposição só revela o quanto se vê encurralada pelos 77% que estão ao lado do governo e que, por Lula não poder se reeleger, tendem a optar pela continuidade de seu estilo.

Com 47% de intenções de voto herdadas até aqui, a dupla Lula/Dilma já supera em cinco pontos percentuais a votação obtida em 2002 e em três pontos a de 2006.
Serra está nove pontos acima de sua votação em 2002, mas oito pontos abaixo do que Alckmin alcançou no primeiro turno da eleição passada. Tem o desafio de reconquistar eleitores que o PSDB perdeu para Lula, se quiser postergar a decisão para o segundo turno.

Esse virtual xeque-mate provocado pelo lulismo teve início já na eleição passada. O presidente atingiu pela primeira vez a maioria absoluta de aprovação após os primeiros dias de horário eleitoral, iniciado no dia 15 de agosto de 2006. Após três inserções na TV e no rádio, sua aprovação atingiu 52%.

Caiu para 46% no final do primeiro turno, após o noticiário sobre os "aloprados" e voltou a ser maioria durante a campanha para o segundo turno. Desde quando obteve esse impulso do horário eleitoral de 2006 -que apesar de anacrônico tem grande influência na consolidação das convicções políticas dos eleitores-, Lula vem conquistando a cumplicidade de um número cada vez maior de brasileiros. No final de 2008 atingiu, pela primeira vez a marca de 70% de aprovação.

Apesar de contar com maiores taxas de apoio entre os que têm renda mais baixa, chegando hoje a 83% entre os mais pobres do Nordeste, desde 2008 Lula conta com aprovação majoritária de todos os segmentos socioeconômicos da população. A campanha de Dilma soube reforçar esse patrimônio utilizando a força da TV para alavancar sua candidatura a cada onda de inserções partidárias. Sempre que Dilma apareceu em larga escala ao lado de Lula alcançou novos patamares de intenção de voto. Não foi diferente nesses primeiros dias de TV.

Na fase atual, Dilma busca criar empatia com os eleitores herdados de Lula, para mantê-los. Já os que aprovam o governo mas que ainda não se convenceram totalmente precisam ser cativados por completo. A primeira rodada do Datafolha feita após os primeiros programas mostrou que, com vida própria de candidata, já começa a atraí-los também. No primeiro dia deste ano a Folha publicou pesquisa Datafolha mostrando Lula como a figura com mais credibilidade entre 27 personalidades conhecidas do Brasil. Ficava à frente do jornalista William Bonner, do padre Marcelo Rossi e do cantor Roberto Carlos, para citar apenas os primeiros colocados.

Apesar de representar apenas uma curiosidade ao comparar personalidades de diferentes áreas, a pesquisa já dava uma pista do poder de persuasão que Lula vem demonstrando nesta eleição.
Não seria surpresa se sua cria já figurasse hoje entre os primeiros da lista, mais próxima do criador.

ELEIÇÕES 2010: Com 46%, Dilma lidera e venceria no 1º turno, diz pesquisa Sensus

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A candidata do PT, Dilma Rousseff, acumula 46% das intenções de voto e venceria a eleição para presidente da República no primeiro turno, segundo dados de pesquisa Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (24).

José Serra (PSDB) aparece com 28,1% e Marina Silva (PV), com 8,1%. De acordo com a pesquisa, Dilma venceria no primeiro turno porque, se a eleição fosse hoje, teria mais do que a soma dos votos de todos os demais candidatos.

Na pesquisa anterior, de 5 de agosto, Dilma tinha 41,6%, Serra registrava 31,6% e Marina 8,5%.

O instituto entrevistou 2 mil eleitores em 136 municípios de 24 estados dos dias 20 a 22 . A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e Zé Maria (PSTU) registraram 0,4% na pesquisa. Eymael (PSDC) teve 0,3%, Rui Costa Pimenta (PCB) teve 0,2% e Levy Fidelix (PRTB) e Ivan Pinheiro (PCB) não pontuaram.

A parcela de eleitores que disse votar em branco ou nulo ficou em 5,1%, e os que não souberam ou não responderam foram 11,7%.

Pesquisa espontânea

Na parte da pesquisa em que os entrevistados respondem espontaneamente em que votariam (sem que seja apresentado a eles o cartão com os nomes dos candidatos), Dilma tem 37,2%, Serra, 21,2%, e Marina, 6%, segundo o Sensus. O candidato Zé Maria aparece 0,6%, Plíniio, com 0,2%. Eymael, Ivan Pinheiro e Rui Costa Pimenta tiveram 0,1%. Levy Fidelix não pontuou.

Segundo turno

No cenário de uma eventual disputa em segundo turno entre Dilma e Serra, a vantagem também é da petista. Ela teria 52,9% contra 34% do tucano. Na pesquisa anterior, Dilma vencia por 48,3% a 36,6%.

Rejeição

A pesquisa mostra também o índice de rejeição dos candidatos. No levantamento, 47,9% disseram que não votariam em Marina Silva (PV) de jeito nenhum. Para José Serra (PSDB), esse percentual é de 40,7%. Dilma Rousseff apareceu com 28,9%.

Expectativa de vitória

Para 61,8% dos entrevistados, independentemente do candidato em quem vão votar, Dilma vai ganhar a eleição. Para 21,9%, o vencedor será José Serra.

Horário eleitoral

A pesquisa mostra que 13,2% dos entrevistados assistiram a todos os programas do horário eleitoral gratuito. Foram 29,7% os que disseram ter visto em parte e 22,8% disseram ter ouvido falar ou conversado sobre o assunto.

O levantamento diz que 56% dos entrevistados avaliaram o programa de Dilma como o melhor do horário eleitoral. Para 34,3%, Serra apresentou o melhor programa e 7,5% gostaram mais do programa de Marina.

Por regiões

No levantamento por regiões, Serra só vence Dilma no Sul, segundo o Sensus. Nessa região, o tucano tem 47,8% contra 35,7% da petista. Marina aparece com 6,9%.

A maior vantagem da petista é na região Nordeste. Ela tem 62,1% contra 19,8% de Serra; Marina fica com 6,4%.

Na região Sudeste, a petista está na frente com 39,2% contra 27,6% do tucano e 9,7% da candidata do PV. Nas regiões Norte e Centro Oeste somadas, Dilma soma 45% contra 25,5% de Serra e 7,6% de Marina.

Homens e mulheres

Na intenção de voto por gênero, Dilma tem 49,4% entre os homens, Serra tem 28,7% e Marina, 7,6%. Entre as mulheres, a petista aparece com 42,9%, o tucano, com 27,4% e Marina, com 8,4%.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

ELEIÇÕES 2010: Após pesquisa Datafolha, PSDB faz reunião emergencial

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O resultado da última pesquisa de intenção de voto, que mostrou ampliação da vantagem da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em relação ao tucano José Serra, acendeu o sinal vermelho no comitê do PSDB. Os tucanos resolveram convocar uma reunião de emergência na noite deste domingo (22). Na pauta estava a discussão sobre a estratégia de comunicação, a infraestrutura e coordenação política nos Estados e, principalmente, a aplicação dos recursos da campanha.


O encontro ocorreu no Hotel Hyatt, em São Paulo. Participaram os principais nomes da coordenação da campanha de Serra. A convocação da reunião foi feita após a divulgação de pesquisa Datafolha no sábado (21), que mostrou a candidata do PT com vantagem de 17 pontos porcentuais em relação ao tucano. De acordo com o levantamento, Dilma venceria Serra no primeiro turno.

Como resposta imediata aos números negativos, os tucanos resolveram calibrar o discurso, a agenda e a estratégia para fazer frente ao crescimento da adversária. Outra discussão foi sobre o uso dos recursos: embora neguem problemas de arrecadação, membros da coordenação afirmam que o dinheiro não está sendo liberado pelo diretório nacional nem pela tesouraria da campanha para arcar com despesas do dia a dia. Para tratar desse ponto, foi chamado o vice-presidente executivo do partido, Eduardo Jorge.

Depois da reunião, os tucanos disseram que a arrecadação está dentro do previsto e o montante de R$ 3,6 milhões, divulgado como total arrecadado até início do mês, ainda não incluía valores do diretório nacional que deveriam ser repassados para a campanha.

Gravação

Serra não participou da reunião com o núcleo duro da campanha. Ele tinha marcado, para a noite deste domingo, gravação da rodada dos programas que irão ao ar na televisão nesta semana. Os coordenadores da campanha queriam discutir também os rumos da campanha na TV, mas deixaram o encontro para hoje.

Estado de São Paulo

ELEIÇÕES 2010: O Brasil pós-Lula

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Mantida a tendência dos últimos Datafolha, teremos ao menos mais quatro anos de lulismo e do PT. Agora, com Dilma Rousseff.

Nada surpreendente em um país que viveu uma importante distribuição de renda nos últimos oito anos. Já recuperamos o ritmo de diminuição das desigualdades de antes da crise de 2008/2009.

Somados, são mais de 14 milhões de novos empregos formais, 30 milhões saindo da pobreza, mais crescimento e sensação de bem estar entre os mais pobres.

Com o real valorizado por conta de juros ainda altíssimos (que atraem milhões de dólares de especuladores de fora), bens de consumo e produtos dos sonhos da classe emergente (TVs planas, celulares e carros) estão baratos e inundam o mercado.

Para um país desigual e pobre, o efeito é monumental. Na hora do voto, o eleitor não pensa em outra coisa.

Seu pior pesadelo é voltar a um passado de renda e de poder de compra muito limitados. De resto, algo penoso para quem vive e trabalha com esforços diários e sonhos.

Numa democracia de massas pobres, o preço da pobreza é esse: qualquer coisa é alguma coisa.

No Brasil de Lula, o Estado entrou pela primeira vez pela porta da frente de muitas casas. E veio com um cartão do Bolsa Família, ou com um emprego inédito. Dinheiro vivo no fim do mês.

Quanto o Zé entende disso?

O tucano entrou no jogo sem reconhecer avanços verdadeiros. Pior, sem deixar claro que tudo isso tem um limite orçamentário. OK, dá trabalho explicar.

Mas o fato de esconder FHC é estarrecedor na frágil posição em que Serra se encontra: o ex-presidente entendeu como poucos o que tínhamos pela frente. Apesar de erros imensos, acertou no principal.

Vá ao Youtube e digite: "Zélia/entrevista/Plano Collor". Dá uma ideia do que tínhamos antes do real.

Para Lula e Dilma, não foi difícil elevar estatísticas e rendas quando elas estavam próximas de zero. Saltos, daqui em diante, serão muitíssimo mais difíceis.

Mas o Brasil tem oportunidades únicas à frente.

As duas áreas mais ricas do mundo (EUA e a zona do euro) devem ficar estagnadas por anos. Uma década, talvez. Nessa quadra, a China já é a segunda economia do mundo.

E o Brasil?

A Folha noticia que Dilma já pensa em um ajuste. Corte de gastos, redução da meta de inflação, outros meios para financiar o BNDES.

Não há país que tenha crescido e distribuído renda fora da ortodoxia nas contas públicas.

A ver o que nos espera.

Fernando Canzian- Colunista da Folha

domingo, 22 de agosto de 2010

REPORTAGEM ESPECIAL: Nunca fomos tão felizes

Com a economia a todo vapor e os avanços sociais no país, brasileiros descobrem que nunca foram tão felizes

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1. A estudante de direito da PUC-SP Laís Pragana, 19 anos, diz que a família está tão bem que até o pai já pensa em fazer faculdade 2. A motogirl Denise Cardoso, 27 anos, jamais ganhou tanto: de um ano para o outro, sua renda passou de R$ 1,8 mil para R$ 2,8 mil 3. O executivo Sérgio Moryama, 38 anos, foi promovido porque sua empresa está quebrando recordes de vendas de planos de saúde 4. A psicóloga Rochele Mendonça, 31 anos, viajou para o Exterior pela primeira vez porque pôde parcelar as passagens em suaves prestações 5. O açougueiro José da Silva Batista, 32 anos, ganhou um aumento, comprou uma moto e agora planeja adquirir um carro 6. O frentista Adriano dos Santos, 29 anos, arranjou um emprego novo e aumentou seu salário 7. O eletricista Valdivino Coelho, 40 anos, conseguiu enfim comprar um terreno para construir a casa própria 8. A atendente de telemarketing Daniela Martinez, 18 anos, juntou dinheiro e fez uma viagem para Londres. 9. O advogado José Guilherme de Almeida, 55 anos, trocou um espaçoso apartamento no Rio de Janeiro por um imóvel maior ainda 10. A estudante de medicina em Brasília Sarah Xavier, 24 anos, bancou a faculdade com uma bolsa do ProUni. Ela é o primeiro membro da família a fazer curso superior 11. O empresário Luiz Marques dos Santos, 49 anos, ampliou sua loja de material de construção graças ao crédito farto 12. A gerente de loja Karen Pizzoni, 37 anos, comprou casa, carro e viaja todo ano para o Exterior 13. A gari Roberta Maria da Silva, 30 anos, comprou um celular para o filho de 15 anos e vai presentear a filha de 13 com um perfume caro 14. A arrumadeira Ademárcia Lopes da Silva, 33 anos, vai trabalhar com o carro próprio e construiu sua casa 15. O jardineiro Hamilton Morais de Oliveira, 42 anos, conseguiu comprar quatro motos com os R$ 900 que recebe por mês 16. O pequeno empresário Sane Leite, 37 anos, estava falido em 2003, mas agora é dono de uma revendedora de carros que emprega 12 pessoas 17. A cozinheira Govinda Lilamrta, 25 anos, tem uma filha (Nana, 5 anos) e está investindo em um curso de culinária e em aulas de inglês 18. A executiva Hercília Ícara Oliveira, 22 anos, realizou em junho um sonho de vida: foi contratada por uma multinacional

O advogado José Guilherme Costa de Almeida, 55 anos, vai mudar de casa nos próximos dias. Com os ganhos em alta, ele decidiu trocar um confortável apartamento na Glória, no Rio de Janeiro, por um imóvel ainda mais espaçoso em Santa Tereza. O pequeno empresário Sane Leite, 37 anos, estava falido em 2003. Sem um tostão no bolso, conseguiu emprego na loja de carros de um amigo. Dois anos depois, comprou o negócio. Hoje, a revendedora em Sobradinho (DF) emprega 12 pessoas e o ajuda a sustentar cinco filhos de quatro casamentos. A estudante de medicina Sarah Xavier vai se formar no final do ano na Universidade Católica de Brasília. Ela é a primeira de sua família a concluir a faculdade – alcançou o improvável graças a uma bolsa do programa ProUni. A cozinheira Govinda Lilamrta, 25 anos, conseguiu em 2010 realizar um sonho antigo: começou a estudar inglês em uma escola particular de São Paulo. “E sou eu que banco o curso”, diz. A gari Roberta Maria da Silva, 30, está orgulhosa. Depois de economizar o ano inteiro, adquiriu um celular para o filho de 15 anos e agora planeja comprar um perfume para a filha de 13. Representantes de todas as classes sociais do País, os brasileiros listados acima vivem um momento singular: eles nunca foram tão felizes. Não são os únicos. Com a economia a todo vapor, o sentimento de bem-estar poucas vezes esteve tão presente na vida nacional (em inglês, essa sensação é chamada de “feel good factor”) e a avalanche de indicadores positivos faz supor que o otimismo vai durar muito tempo.

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É consenso entre economistas que existe uma relação entre o aumento da renda das pessoas e a sensação de bem-estar. O fenômeno é observado principalmente nos países em desenvolvimento. Nas nações ricas, mais ou menos dinheiro quase não afeta a percepção de felicidade de seus habitantes – como eles já estão satisfeitos, o prazer da conquista tende a ser menor. O caso brasileiro é diferente, pois o País passou por uma transformação brutal nos últimos 15 anos. A estabilidade econômica foi o ponto de partida para que o Brasil finalmente desse início a um processo de grande mobilidade social. Um movimento capaz de tirar da linha da pobreza milhões de brasileiros, de alçar à condição de classe média um contingente enorme de trabalhadores e de proporcionar uma rápida escalada para quem já estava perto do topo. Assim, todos tiveram – e continuam tendo – oportunidade de dar prosseguimento a seus sonhos. Segundo o economista Eduardo Giannetti, autor do livro “Felicidade”, existe até um número mágico para delimitar o grau de satisfação de um país. “Estudos mostram que, quando uma nação tem PIB per capita de até US$ 10 mil, há uma forte correlação entre aumento da renda e melhoria do bem-estar coletivo”, diz. “Depois isso, essa associação perde importância.”

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De acordo com o raciocínio de Giannetti, os indicadores econômicos mostram que, num certo sentido, vivemos o ápice do bem-estar. Depois de amargar crescimentos pífios nos anos 1980 e 1990, o Brasil vai encerrar a atual década com uma impressionante disparada de 163% em sua renda per capita, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional. Para efeito de comparação, no mesmo período os ganhos dos argentinos vão crescer só 10%. Curiosamente, a renda per capita brasileira deve ultrapassar os US$ 10 mil em 2011. Ou seja, o País vai atingir no ano que vem um grau de conforto que o equipara a nações ricas. “Sem inflação alta e com crescimento econômico, as sociedades ficam mais otimistas e confiantes no futuro”, diz o cientista político Bolivar Lamounier, coautor de “A Classe Média Brasileira.”

Pesquisas confirmam a observação de Lamounier. Segundo um estudo divulgado na semana passada pela GfK, quarto maior grupo de pesquisa de mercado do mundo, o brasileiro está otimista quanto à situação econômica nos próximos cinco anos. Mais de 50% dos mil consumidores entrevistados acreditam que o futuro será ainda melhor que o presente – que já consideram ótimo. Outro levantamento recente, realizado pelo Projeto Brasilidade, constatou que a autoestima nacional nunca esteve tão elevada. “Vamos iniciar a próxima década com muita esperança”, afirma o cientista político Rodrigo Mendes Ribeiro, coordenador do estudo. Segundo ele, o “complexo de vira-lata” (expressão criada pelo escritor Nelson Rodrigues e que definia a suposta sensação de inferioridade que o brasileiro sentia em relação ao resto do mundo) é algo definitivamente deixado para trás. Em vez de desanimados e pessimistas, os brasileiros hoje são altivos e confiantes no futuro.

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Sob qualquer ângulo que se analise o momento do País, é inevitável chegar a números superlativos. De acordo com prognósticos do governo e de analistas independentes, o PIB do Brasil vai crescer entre 6,5% e 7% em 2010. Se o dado se confirmar, a expansão econômica nacional só será menor que o crescimento observado na China. Trata-se de uma performance impressionante, principalmente diante dos prognósticos apocalípticos feitos pouco tempo atrás sobre os supostos terríveis efeitos da crise global no Brasil. Basta uma espiada nos balanços de diversos setores para que se descubra a ebulição em curso no País. Um estudo da consultoria MB Associados revelou que as vendas de Natal vão movimentar R$ 98 bilhões em 2010. É o valor mais alto da história, o que vai exigir um aumento de até 60% da compra de insumos e produtos no Exterior para sustentar o aumento espetacular da demanda. No varejo como um todo, as altas vão superar a casa dos dois dígitos – percentual só acompanhado por países como China e Índia. Em nenhum lugar do planeta o uso de cartões de crédito e débito cresce como no Brasil: mais de 20% ao ano, o que revela que as pessoas estão comprando como nunca. Os exemplos se repetem em vários segmentos (leia quadro) e colocam o País na linha de frente do novo tabuleiro de forças da economia mundial. O Brasil já é o quarto maior mercado de automóveis do planeta e, em 2011, será o terceiro no ranking global de vendas de computadores, para citar apenas alguns exemplos.

Esse salto notável se deve a pessoas como a cozinheira Sandra Maria Sabino Bertoldo, 54 anos. Quando viu, pela primeira vez, uma tevê de LCD de 32 polegadas na vitrine de uma loja, Sandra decidiu que faria de tudo para comprar o aparelho. Moradora do Morro dos Prazeres, favela no centro do Rio que no início do ano foi palco de deslizamentos provocados pelas chuvas de verão, ela economizou durante quase um ano para comprar à vista e por R$ 1,5 mil a cobiçada televisão. “Valeu a pena”, diz. Típica integrante da nova classe C (leia reportagem na página 48), Sandra se enquadra num perfil clássico. De acordo com o pesquisador Renato Meirelles, diretor do instituto Data Popular, especializado em estudar os hábitos das camadas populares, a autoestima tem uma importância vital para a baixa renda. Mais do que adquirir produtos, a pessoa precisa mostrar aos vizinhos, aos amigos e aos colegas de trabalho que possui um bem de causar inveja. É por isso que as classes emergentes gastam muito e estimulam a economia mais do que qualquer outro setor da sociedade.

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Em 2010, apontam os dados do Data Popular, os integrantes da classe D vão gastar R$ 381,2 bilhões, valor que representa mais do que o dinheiro disponível para o consumo na classe A (R$ 261,1 bilhões) e na classe B (R$ 329,5 bilhões.). É fácil explicar essa conta. Como são em maior número, os membros da classe D geram maior escala financeira. “O Brasil continua sendo um país com enorme desigualdade social, mas há um dado impressionante”, diz Giannetti. “De 2003 a 2008, a renda dos 10% mais pobres aumentou 8% ao ano, enquanto os ganhos dos ricos cresceram 1,5%.” Durante muito tempo, essa equação estava invertida na lógica capitalista brasileira. Agora, o abismo social, ainda grande, está enfim sendo combatido. O principal termômetro que revela o fôlego de uma economia é o emprego. De janeiro a julho, foi criado no País 1,6 milhão de novos postos com carteira assinada, recorde para o período desde que o Ministério do Trabalho começou a fazer a contagem, há 20 anos. Em uma década, o Brasil gerou 15 milhões de empregos, o equivalente a toda a população da Holanda. Associe-se a isso o aumento gigantesco do crédito, que em oito anos acrescentou mais de R$ 1 trilhão à economia brasileira, e o cenário que se constrói é de uma nação que caminha a passos chineses.

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É a fartura de crédito que faz com que brasileiros como o pequeno empresário paulista Luiz Marques dos Santos, dono de uma loja de material de construção, consiga ampliar seus negócios. “Há dez anos, eu pedia R$ 100 mil para o banco e conseguia no máximo R$ 20 mil.” Hoje em dia, diz ele, você pede R$ 100 mil e a instituição oferece R$ 200 mil. O crédito ajudou Santos a subir na vida e a migrar da classe média emergente para a B. Ascensão semelhante viveu a corretora de imóveis Graça Vieira, 34 anos. De salto alto, vestido social e bolsa de marca na mão, Graça fez o que até outro dia era impensável para ela. Entrou na concessionária, escolheu o carro, assinou o cheque à vista, finalizou a compra e, não fosse a burocracia do Detran, teria saído dirigindo. “Eu nunca pensei que poderia comprar um carro à vista”, afirma. O ano de 2009 foi para ela o melhor de toda a sua vida profissional. Em um único negócio, vendeu nove apartamentos de alto valor em Brasília e, quando recebeu sua gratificação, comprou o imóvel próprio. “Estou mais do que realizada”, afirma.

O Brasil já viveu outras fases de pujança que resultaram no aumento da sensação de bem-estar de seus habitantes. O desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek no final da década de 50 gerou imenso otimismo em relação ao futuro. Na década de 70, o milagre econômico proporcionou idêntica sensação. Nos dois casos, a euforia durou pouco. Desta vez será diferente? Impossível dizer com certeza, mas é inegável que o País vive um período inédito de solidez econômica. “Com acertos do câmbio e da carga tributária, o Brasil pode crescer entre 5% e 6% ao ano por um bom período”, diz Antônio Correa de Lacerda, professor da PUC-SP e ex-presidente do Conselho Federal de Economia. “Nos próximos seis anos, nossa indústria deve crescer o equivalente aos últimos 15”, afirma Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e sócio-fundador da Rio Bravo Investimentos. Ou seja, o País caminha para ingressar num círculo virtuoso. Segundo Franco, isso é reflexo também do amadurecimento das próprias empresas. O centenário capitalismo nacional, forjado pelo Estado, começou a ser substituído nos últimos anos por um modelo mais pujante, protagonizado pelo setor privado. Empresas melhores e sadias contratam mais, investem mais, geram maior riqueza.

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É o dinheiro, portanto, que traz felicidade para as pessoas? A questão é complexa e desperta acaloradas discussões. “A conquista de um determinado objetivo leva ao bem-estar, e não propriamente à felicidade”, diz o filósofo Roberto Romano, professor de filosofia da Unicamp. “O que se costuma chamar de felicidade envolve dois aspectos”, diz Ubirajara Calmon de Carvalho, professor do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília. De um lado, diz Carvalho, está o aspecto subjetivo. Para determinada pessoa, ser feliz é conquistar um amor. Para outra, é não ter preocupações. No caso do executivo Douglas Delamar, 39 anos, poucas coisas o tornam tão satisfeito quanto reunir um grupo de amigos para jogar uma partida de golfe. Em sua empresa, a Embrase, especializada em segurança patrimonial, negócios são fechados em meio a tacadas realizadas nos principais campos do Estado de São Paulo. “Muitas vezes, encerramos uma reunião às 10 horas da manhã, pegamos o helicóptero e vamos jogar golfe com nossos clientes. É algo absolutamente maravilhoso.” Ou seja, não existem regras para ser feliz – depende de cada um. O professor Carvalho acrescenta: “Já o aspecto objetivo da felicidade envolve a conquista de determinado bem.” É aí que entram os milhões de brasileiros que melhoraram de vida nos últimos anos. E que nunca foram tão felizes.

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